USP determina afastamento de professor de direito acusado de assédio
Faculdade de Direito da USP determinou afastamento do professor Alysson Mascaro, acusado de assédio, por 60 dias
atualizado
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São Paulo – A Faculdade de Direito da USP determinou, nesta sexta-feira (13/12), o afastamento cautelar do professor e advogado Alysson Mascaro por 60 dias. O docente é investigado por suspostamente ter assediado ao menos 10 alunos.
A decisão é assinada pelo diretor da Faculdade de Direito, Celso Campilongo, que argumenta se tratar de uma medida necessária e adequada “para o bom andamento das investigações”.
“Há elementos de que os atos eram cometidos em virtude da relação de poder, influência e autoridade que o cargo concede(ia) ao investigado, o que culmina em potencial prejuízo na colheita de provas que majoritariamente envolve seus antigos e atuais alunos”, afirma Campilongo.
Com o afastamento, Mascaro não poderá comparecer a aulas, reuniões, bancas ou quaisquer espaços físicos ou virtuais da universidade ou mesmo utilizar de funções e os que o cargo de professor da USP lhe concede. Ele também não pode entrar em contato com denunciantes e testemunhas em seu processo interno, e nem mesmo interferir nas investigações.
Em outubro deste ano, o professor registrou dois boletins de ocorrência por injúria, difamação e perseguição e alega que há pessoas publicando mentiras a seu respeito. Procurado pelo Metrópoles, ele não se manifestou sobre seu afastamento.
Mascaro é professor associado da Faculdade de Direito da USP e livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela mesma universidade.
Teórico marxista, foi orientador da dissertação de mestrado do ex-ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos), também denunciado por assédio a funcionárias e à ministra Anielle Franco (Igualdade Racial). Os dois são amigos próximos.