Eventos privados e grades: detalhes da PPP do Parque Dom Pedro. Veja
Veja o que deve mudar na região com o projeto de revitalização previsto pela Prefeitura de São Paulo para região
atualizado
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São Paulo – O projeto de parceria público-privada (PPP) desenhado pela equipe do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para a revitalização do Parque Dom Pedro II prevê a autorização para eventos privados dentro da área de concessão, a instalação de grades e portarias ao redor de parte da área verde, e a interligação do transporte público no bairro.
Essas e outras mudanças estão descritas no edital da licitação, que será definida no dia 21 de janeiro de 2025 com a abertura dos envelopes pelas empresas interessadas na PPP. O Metrópoles analisou os documentos do projeto e separou aqui os principais pontos que vão mudar com as obras e a concessão. Veja o vídeo e a lista abaixo:
Eventos privados
A PPP prevê a criação de espaços para eventos tanto na Praça Cívica Ulisses Guimarães, quanto na área verde que será construída ao lado do novo terminal de ônibus Parque Dom Pedro II. A concessionária que vencer a licitação poderá usar os espaços para fazer eventos privados de segunda à sexta-feira, depois das 19h; e nos sábados, domingos e feriados, durante todo o dia.
As futuras áreas esportivas, a Praça Panorâmica e o trecho sob o viaduto Diário Popular também poderão ser utilizados pela empresa para eventos fechados, com cobrança de ingresso.
A programação privada, no entanto, não pode impactar nas atividades abertas que a concessionária também deve oferecer no parque, segundo o projeto.

Grades
Hoje aberta e com o livre, a área verde no trecho entre a Escola Estadual de São Paulo e o Museu Catavento será fechada com grades, tanto do lado da Avenida Mercúrio, quanto na Avenida do Estado. O trecho também vai receber sete portarias.
O edital da PPP diz que a intenção é “melhorar a segurança e garantir a preservação ambiental destes locais”. O contrato libera a possibilidade de remoção dos gradis no futuro, “após a consolidação do adensamento populacional da região ou bem como a consolidação do Parque Dom Pedro II como área de recreação e lazer”.
Apesar das grades e portarias, o o ao parque continuará gratuito.
Interligação do transporte público
Uma das principais mudanças previstas é a integração do transporte da região, conectando o terminal de ônibus à estação de metrô Pedro II, ao Expresso Tiradentes e aos futuros BRT da Radial Leste e VLT do Centro.
Para isso, a obra vai mudar o terminal de ônibus de lugar e criar uma arela para que os pedestres possam ar a estação do metrô do outro lado do rio.
Acima do terminal de ônibus será construída uma galeria com lojas e restaurantes. Dos lados do prédio estão previstas uma área voltada para prática de skate e uma Praça Panorâmica.
Intervenções viárias
O projeto também prevê derrubar os viadutos Antônio Nakashima e 25 de março, que serão substituídos por uma nova ponte, ampliar a Avenida do Exterior, e fazer intervenções na Rua da Figueira e na Avenida Mercúrio.
Além disso, um calçadão de uso exclusivo para pedestres e ciclistas vai conectar a Avenida do Exterior à Rua da Figueira. No local também serão instalados quiosques para alimentação ou serviços, que serão istrados pela concessionária.
Ampliação da área verde
Por fim, o edital fala ainda em ampliar a área verde na região em aproximadamente 100 mil m². Parte da arborização será feita onde hoje fica a base da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que será transferida para baixo do Viaduto Diário Popular, onde também será instalada uma lavanderia pública.
Outras intervenções para ampliar o espaço verde serão feitas nas áreas próximas ao Museu Catavento e ao lado do novo terminal de ônibus.
A Prefeitura também prevê uma série de obras de drenagem para melhorar os alagamentos na região e a criação de espelhos d’água para melhorar a sensação térmica no local.
A PPP deve custar R$ 2,4 bilhões aos cofres públicos da cidade, segundo as estimativas da gestão Ricardo Nunes. As obras têm início previsto para 2026 e devem durar cinco anos.