“Ele era nossa base”, diz irmã de empresário que foi morto por sócios
Segundo a polícia, empresário foi morto por “desavença comercial” após reunião sócios. Dois homens e 1 mulher são suspeitos
atualizado
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Conhecido como Tico pelos amigos e familiares, o empresário Nelson Francisco Carreira Filho, de 42 anos, que havia desaparecido no dia 16 de maio, era um homem maravilhoso e que sempre cuidou muito da família, afirmou uma das irmã dele, Melissa Carreira, ao Metrópoles. A polícia acredita que Nelson foi morto e teve seu corpo jogado no rio.
Três suspeitos pela morte de Nelson tiveram prisão decretada nessa terça-feira (27/5), mas ainda estão soltos. São eles: Marlon Couto Paulo Junior, Tadeu Almeida Silva e Marcela Silva de Almeida, esposa de Tadeu e sobrinha de Marlon.
Segundo o delegado responsável pelo caso, a motivação do crime seria uma “desavença comercial”. O caso está sendo investigado por meio de inquérito policial pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Caçula de 5 irmãos, Nelson Francisco desapareceu após participar de uma reunião em viagem à cidade de Cravinhos, na região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. No dia seguinte, o carro dele foi encontrado na rua Dona Clara de Oliveira, na zona norte da capital paulista.
Quem era o empresário
Mesmo sendo o irmão caçula, Nelson sempre cuidou muito da família, afirmou Melissa. “Ele era um homem que resolvia tudo. Ele tinha solução para tudo”, contou. O empresário era casado há 12 anos e era pai de uma menina de 12 anos que, segundo a irmã, era o amor da vida dele.
“A gente está em choque porque a gente não imagina a nossa vida sem ele mais, porque ele era nossa base”, lamentou Melissa.
A irmã da vítima explicou que eles perderam o pai quando Nelson tinha 13 anos e, desde então, ele era a base da família.
Versão da família
De acordo com Melissa, os dois sócios que teriam matado Nelson foram ao apartamento da esposa da vítima no dia do desaparecimento. Ainda conforme a irmã do empresário, um dos suspeitos teria atirado em Nelson, enquanto ele estava de costas. Em seguida, os suspeitos teriam jogado o corpo no rio.
Melissa falou que os três (Nelson e os sócios) se desentenderam durante a reunião, não entrando em acordo sobre valores. “O Tadeu ficou na sala com o Nelson e o Marlon falou que ia ao banheiro. Quando saiu do banheiro, ele estava com a arma e atirou. Deu um na cabeça e dois nas costas, aí eles enrolaram [o corpo de Nelson] no saco que tinha lá e jogaram ele no rio”, contou.
O advogado de Tadeu, Renato Savério, informou ao Metrópoles que seu cliente é o homem que foi visto usando um boné parecido com o do empresário. Renato afirmou que seu cliente não participou do homicídio, somente da ocultação do cadáver. O suspeito também é a pessoa que deixou o carro de Nelson Francisco em São Paulo.