Caso Gritzbach: polícia indicia mais 3 pela participação em execução
Força-tarefa indiciou, nesta terça-feira (11/3), mais três suspeitos de participar do homicídio de Vinícius Gritzbach, em novembro de 2024
atualizado
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São Paulo — A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) indiciou, nesta terça-feira (11/3), três suspeitos de participarem do assassinato de Vinícius Gritzbach, no aeroporto de Guarulhos, na grande São Paulo.
Segundo a pasta, um dos três indiciados é apontado como mandante do crime. Eles seguem foragidos. O inquérito policial sobre o homicídio de Gritzbach será relatado e encaminhado ao Ministério Público (MPSP) e à Justiça ainda nesta semana, garantiu a SSP.
Um novo inquérito policial será aberto para apurar a participação de outros envolvidos, porém vai focar nas prestações de auxílio material e pessoal aos criminosos e não nos participantes do homicídio em si.
Denúncia do MPSP
A Justiça aceitou, em fevereiro deste ano, uma denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e tornou réus 12 pessoas, entre elas oito policiais civis, empresários e um advogado.
Os cinco promotores apontam que Gritzbach “exerceu papel estruturante na construção e funcionamento de um sofisticado esquema financeiro ilícito”.
Na decisão, o juiz Paulo Fernando Deroma De Mello, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, recebeu a denúncia e escreveu que “há provas evidentes da materialidade e fortíssimos indícios de autoria por parte dos acusados”.
Veja os denunciados
- Ademir Pereira de Andrade: empresário suspeito de ser operador financeiro do PCC foi denunciado por por organização criminosa e extorsão;
- Ahmed Hassan Saleh: conhecido como Mude, o advogado foi denunciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas;
- Eduardo Lopes Monteiro: investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa, corrupção iva, peculato e lavagem de dinheiro;
- Fabio Baena Martin: delegado da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa, peculato, corrupção iva e lavagem de dinheiro;
- Marcelo Marques de Souza: conhecido como Bombom, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Marcelo Roberto Ruggieri: conhecido como Xará, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Robinson Granger de Moura: conhecido como Molly, o empresário foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Rogerio de Almeida Felicio: conhecido como Rogerinho, o policial civil foi denunciado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro;
- Alberto Pereira Matheus Junior: delegado da Polícia Civil foi denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção iva;
- Danielle Bezerra dos Santos: esposa de Rogerinho e viúva de um gerente do PCC foi denunciada por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Valdenir Paulo de Almeida: conhecido como Xixo, o policial civil foi denunciado por organização criminosa e corrupção iva;
- Valmir Pinheiro: conhecido como Bolsonaro, o policial civil foi denunciado por organização criminosa.
Em nota ao Metrópoles, a defesa de Fabio Baena e Eduardo Monteiro afirmam que a denúncia “é recheada de ilações, sem qualquer elemento sério a respaldá-la”.
“É inissível estar ancorada nas elucubrações do mitômano e criminoso confesso, Vinícius Gritzbach. Aguarda-se que agora a Justiça analise e decida de forma adequada e isenta os pedidos da Defesa, fazendo cessar a injusta coação imposta aos nossos clientes”, afirmou.