Bolsas dos EUA desabam após queda do PIB e emprego abaixo do esperado
Economia dos EUA recuou 0,3% no primeiro trimestre de 2025, na comparação anual, e vagas de emprego no setor privado decepcionaram
atualizado
Compartilhar notícia
Os principais índices das bolsas de valores dos Estados Unidos operavam em forte baixa nesta quarta-feira (30/4), após a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, que recuou no primeiro trimestre.
Segundo dados divulgados pelo Departamento do Comércio dos EUA, no primeiro trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou uma contração de 0,3%, na comparação anual.
O resultado veio bem pior do que os analistas esperavam. De acordo com o consenso Refinitiv, que reúne expectativas do mercado, a estimativa é a de que a economia norte-americana tivesse avançado 0,2% entre janeiro e março.
Também nesta manhã, o Relatório Nacional de Emprego da ADP indicou que a criação de vagas de emprego no setor privado dos EUA desacelerou mais do que se esperava em abril, com 62 mil vagas (ante 147 mil do mês anterior). As projeções do mercado apontavam para 114 mil vagas.
Bolsas em queda livre
- Pouco depois das 11 horas (pelo horário de Brasília), o índice Dow Jones tombava 1,69%, aos 39,8 mil pontos.
- O S&P 500, por sua vez, registrava perdas de 1,97%, aos 5,4 mil pontos.
- O Nasdaq, que reúne ações de empresas do setor de tecnologia, tinha a maior queda: 2,51%, aos 17 mil pontos.
O que diz Trump
Em mensagens publicadas em sua rede social, a Truth Social, o presidente dos EUA, Donald Trump, culpou o antecessor Joe Biden pelos resultados econômicos e disse que não há nenhuma relação entre a contração do PIB e as tarifas comerciais impostas por ele.
“Isso levará um tempo, não tem nada a ver com tarifas, apenas que ele [Biden] nos deixou com números ruins, mas, quando o boom começar, será como nenhum outro. Sejam pacientes!”, escreveu.
“As tarifas começarão a valer em breve, e as empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes. Nosso país vai prosperar, mas precisamos nos livrar do ‘excesso’ de Biden”, prosseguiu Trump.
O presidente dos EUA completou: “Este é o mercado de ações de Biden, não de Trump. Só assumi em 20 de janeiro”.
