Bolsa dispara e bate quarto recorde em uma semana. Dólar tem leve alta
Ibovespa subiu 0,34%, aos 140.109 pontos, superando os 139.636 pontos da véspera. Moeda americana registrou elevação de 0,26%. a R$ 5,66
atualizado
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O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), bateu o recorde histórico de negociações pela quarta vez em uma semana. Nesta terça-feira (20/5), ele fechou em alta de 0,34%, aos 140.109 pontos. Com isso, superou a marca de 139.636 pontos, obtida na véspera, segunda-feira (19/5).
O dólar, por sua vez, fechou em alta de 0,26%, cotado a R$ 5,66. Para os analistas, variações de até 0,20% (para cima ou para baixo) indicam estabilidade do indicador. Na segunda-feira (19/5), a moeda americana havia registrado queda de 0,25%, a R$ 5,65.
Na quinta-feira (15/5), o Ibovespa atingiu a marca de 139.334 pontos, outro patamar inédito até então. Antes disso, na terça-feira (13/5), o índice havia alcançado outro nível histórico 138.963 pontos, depois de uma alta de 1,74%. Com isso, foram quatro quebras de recorde em um período de uma semana e um dia.
“Efeito Stanley”
Nesta terça-feira, o Ibovespa vinha operando em queda, mas virou para alta depois da divulgação de um relatório do banco americano Morgan Stanley, que recomendou a compra de ações brasileiras. A instituição considera que o preço-alvo para o índice brasileiro chegará a 189 mil pontos em meados de 2026, o que equivale a uma valorização de 36% em relação ao atual nível.
Disse o Morgan Stanley: “Acreditamos que o calendário eleitoral carregado dos próximos 18 meses abre espaço para o início de uma mudança de política, especialmente na política fiscal. Gostamos da relação risco-retorno no Brasil, onde o cenário otimista se tornou mais provável, em nossa visão”.
Questão fiscal
Para João Vitor Saccardo, da mesa de renda variável da Convexa Investimentos, notícias sobre a questão fiscal, que trata da relação entre receitas e despesas do governo, também ajudaram a puxar para cima o Ibovespa.
No início da tarde, a consultoria Warren Rena estimou que o governo deve anunciar um congelamento de cerca de R$ 15 bilhões do Orçamento, no relatório bimestral de receitas e despesas, que será divulgado na quinta-feira (22/5). “As projeções estavam entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões”, diz o analista. “Como veio a hipótese do número mais alto, o mercado reagiu de forma positiva.”
Juros nos EUA
O mercado também acompanhou nesta terça-feira o pronunciamento do presidente da distrital de St. Louis do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Alberto Musalem. Ele disse que as incertezas em relação às políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem afetar a economia e aumentar os preços no país.
Isso quer dizer que o ciclo de corte de juros americanos pode demorar para começar. Atualmente, as taxas dos EUA estão no intervalo entre 4,25% e 4,50%. Os investidores esperam que o Fed realize dois cortes na taxa de juros, cada um deles de 0,25 ponto percentual, até o final do ano.