Saiba quem é o enfermeiro que acompanhou o papa nas últimas horas
Em 2022, Francisco nomeou Strappetti como seu assistente pessoal de saúde. A morte do papa ocorreu na madrugada da última segunda-feira (21)
atualizado
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Os últimos instantes de vida do papa Francisco, que faleceu na segunda-feira (21/4), foram acompanhados pelo seu fiel assistente pessoal de saúde, o enfermeiro Massimiliano Strappetti, de 56 anos. Após ter levado o pontífice para dar um eio no papamóvel no domingo de Páscoa (20/4), o profissional de saúde foi prestigiado com os gestos finais de Francisco, além de agradecimentos pelo ato.
Com mais de 30 anos de atuação no Vaticano, o enfermeiro italiano, que é casado, possui uma longa carreira no setor de saúde e é um profissional experiente. Ele iniciou a carreira e exerceu a função de enfermeiro por diversos anos no departamento de Reanimação do Hospital Policlínico Gemelli, que costuma receber os papas, em Roma. Além disso, coordenava a equipe de enfermagem da Diretoria de Saúde e Higiene do Vaticano.
Strappetti também é reconhecido por seu trabalho humanitário com populares em situação de rua em Roma, juntamente com o cardeal Konrad Krajewski. Em 2021, foi reconhecido e elogiado pelo papa após ajudá-lo em uma cirurgia de diverticulite e, em 2022, foi nomeado como assistente médico pessoal do pontífice, tornando-se presente nos momentos mais delicados do Sumo Pontífice.
Em uma entrevista, o papa, em tom leve, disse que foi Strappetti quem “salvou sua vida” ao sugerir que ele se submetesse à cirurgia em vez de adiá-la. Assim como o papa amava futebol, o enfermeiro também compartilha da mesma paixão pelo esporte e segue a equipe italiana Lazio nas redes sociais.
Segundo o Vaticano, fielmente, o enfermeiro esteve ao lado de Francisco durante os 38 dias de internação no Hospital Gemelli, onde o papa esteve para tratar uma pneumonia bilateral.
Último adeus
Nesta terça-feira (22/4), o Vaticano relatou que, pouco antes de entrar em coma, o papa agradeceu ao enfermeiro Strappetti por tê-lo encorajado a fazer sua última volta no papamóvel, no domingo de Páscoa, após a “Urbi et Orbi”. Com um gesto de “tchau”, ele disse: “Obrigado por me trazer de volta à Praça [São Pedro]”.
“Você acha que eu consigo?”, perguntou o papa ao enfermeiro que o acompanhava antes do eio, tendo sido tranquilizado.
Depois do eio, o papa descansou à tarde, teve um jantar tranquilo e, ao amanhecer do dia seguinte, teve o derrame cerebral, seguido pelo coma e a parada cardiorrespiratória irreversível, o que causou a morte do líder máximo da Igreja Católica.
Ainda de acordo com o Vaticano, o papa começou a apresentar sinais de uma “doença súbita” por volta das 5h30 de segunda, no horário local (0h30 em Brasília), aproximadamente duas horas antes de falecer.
O Vaticano anunciou que o funeral do pontífice será no sábado (26/4), às 10h no horário de Roma (5h em Brasília).