Empresa de TI chinesa sofre sanção dos EUA após suposto roubo de dados
Dono de empresa chinesa adquiriu, intermediou e vendeu ilegalmente dados altamente sensíveis, afirma Departamento de Estado dos EUA
atualizado
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Os Estados Unidos impam sanções contra a empresa chinesa Shanghai Heiying Information Technology Company. De acordo com um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, o dono da companhia, Zhou Shuai, adquiriu, intermediou e vendeu ilegalmente dados altamente sensíveis dos EUA, incluindo nos setores de base industrial de defesa, comunicações, saúde e governo.
De acordo com o comunicado do Tesouro, parte dos dados foram, posteriormente, comprados por Yin Kecheng, um hacker chinês que estaria envolvido em roubo de dados do órgão americano.
O Departamento de Estado também anunciou recompensa de até US$ 2 milhões cada por informações que levem às prisões e/ou condenações de Zhou Shuai e Yin Kecheng.
Oito funcionários da empresa chinesa i-Soon e dois oficiais do Ministério da Segurança Pública (MPS) da China também foram acusados de hacking pela Justiça americana.
De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, “a China oferece um porto seguro para empresas do setor privado que conduzem atividades cibernéticas maliciosas contra os Estados Unidos e seus parceiros.”
“O Partido Comunista Chinês também parece contratá-los com vários graus de controle e eficácia. Os atores cibernéticos maliciosos apoiados pela China continuam sendo uma das maiores e mais persistentes ameaças à segurança nacional dos EUA”, escreveu o porta-voz.
Os detalhes das sanções e seus potenciais impactos para a Shanghai Heiying Information Technology Company e Zhoun Shuai não foram divulgados. Entretanto, as sanções norte-americanas geralmente envolvem o congelamento de ativos sob jurisdição dos EUA e a proibição de indivíduos ou entidades americanas de fazer negócios com as partes suspeitas.