Ataque de Israel mata ao menos 4 altos funcionários do governo de Gaza
A ofensiva acontece em meio às negociações da segunda fase do cessar-fogo. O acordo, iniciado em 19 de janeiro, previa uma pausa total
atualizado
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Em um comunicado nesta terça-feira (18/3), o Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza informou que quatro altos funcionários do governo morreram em decorrência dos ataques israelenses realizados durante a madrugada, contra a Faixa de Gaza.
O que está acontecendo?
- Na madrugada desta terça-feira (18/3) pelo horário local — noite de segunda-feira (17/3) no Brasil —, as Forças de Defesa de Israel realizaram uma série de ataques contra a Faixa de Gaza.
- A ofensiva marca a primeira grande operação militar na região desde o início do cessar-fogo com o grupo Hamas, em janeiro deste ano.
- Aviões de guerra atingiram locais em todo o território: da Cidade de Gaza, no norte, a Khan Younis, no sul.
Entre os mortos nos bombardeios estão os funcionários Mahmoud Abu Wafah (foto em destaque), subsecretário do Ministério do Interior; Issam al-Dalis, chefe de Obras Públicas do governo; Ahmed al-Hatta, subsecretário do Ministério da Justiça; e Bahjat Abu Sultan, diretor-geral do Serviço de Segurança Interna, de acordo com o jornal Al Jazeera.
O governo israelense afirmou que os ataques têm como alvo lideranças do Hamas e infraestruturas consideradas estratégicas para o grupo, classificado pelo país como uma organização terrorista.
Força militar crescente
“Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, declarou o governo israelense, destacando que a operação pode se intensificar conforme necessário.
A ofensiva acontece em meio às negociações da segunda fase do cessar-fogo. O acordo, iniciado em 19 de janeiro, previa uma pausa total nos ataques e a troca de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza por prisioneiros palestinos em Israel.
Há pelo menos 413 mortos e mais de 660 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Segundo o ministério, ainda há vítimas sob os escombros, e os esforços de resgate continuam.
O Ministério das Relações Exteriores da Palestina pediu, em comunicado nesta terça-feira (18/3), que o mundo “pare o crime de genocídio” na Faixa de Gaza.