Após decreto e apoio de Trump, Milei avança em novo acordo com o FMI
Governo de Milei usa decreto para viabilizar financiamento que auxiliaria Argentina a saldar dívidas
atualizado
Compartilhar notícia

O governo de Javier Milei publicou, nesta terça-feira (11/3), um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) para viabilizar um novo programa de financiamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A medida visa fortalecer as reservas cambiais do país e reduzir as restrições do mercado de câmbio, essenciais para estabilizar a economia em meio à crise fiscal e inflacionária.
O decreto estabelece um prazo de pagamento de 10 anos, com um período de carência de quatro anos e meio. Governo argentino poderá utilizar os novos recursos para quitar dívidas do Tesouro junto ao Banco Central, buscando reduzir o endividamento e dar mais previsibilidade ao mercado financeiro.
A estratégia tem a finalidade de aliviar a pressão sobre o peso argentino e facilitar a implementação de reformas econômicas.
A decisão de implementar o acordo via decreto gerou críticas de opositores, que acusam Milei de evitar o debate no Congresso. O presidente argentino justificou a medida como essencial para proporcionar velocidade ao processo e evitar incertezas politicas que comprometessem as negociações com o FMI.
Apoio de Trump
Milei tem uma forte “carta na manga”: o apoio de Donald Trump. Os líderes têm mantido contato próximo, e o respaldo do norte-americano pode facilitar as relações entre Argentina e organismos financeiros internacionais.
Com um cenário econômico ainda volátil, a Argentina busca medidas para tentar recuperar a estabilidade do país. Javier Milei estuda a possibilidade de um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, o que poderia resultar na saída da argentina do Mercosul.