Paris Paloma aborda dores femininas com canções poéticas e a moda
Experiências femininas profundas baseiam a obra da cantora britânica, que usa a moda como uma extensão de sua narrativa etérea
atualizado
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A obra da cantora Paris Paloma carrega a profundidade de temas femininos e diversas referências artísticas. Em todos os os, a moda acompanha a artista britânica, que lançou o álbum de estreia em 2024. Recentemente, no Dia Internacional da Mulher, ela se apresentou com um vestido cheio de significado e tudo a ver com a estética fashion que ela vem construindo.
Vem com a coluna dissecar o estilo de Paris:
- Paris Paloma nasceu em 1999 na cidade de Ashbourne, na Inglaterra. A artista tem formação em belas artes, compõe desde os 14 anos e começou a lançar as próprias canções na internet em 2020.
- As influências de Paloma incluem Hozier, Florence + the Machine, Ed Sheeran, Aurora, Grimes, Joni Mitchell e outros artistas.
- Maior sucesso da cantora de folk pop até o momento, a canção Labour questiona o trabalho doméstico não remunerado feito pelas mulheres em relacionamentos com homens.
- “Recebi várias mensagens de homens que perceberam [pela música] que deveriam estar se saindo melhor nos relacionamentos. Isso é incrível”, contou ela à Billboard. “Não depende das mulheres: esse é o ponto principal. Cabe aos homens ouvir e agir.”
Música x moda
A moda, assim como a música, ajuda Paris Paloma a retratar as dores e as belezas da feminilidade, que dão tom ao trabalho da cantora. Ela transparece isso por meio de looks etéreos que carregam um toque clássico de romance, com volume, mangas bufantes, transparências, camadas e detalhes, como rendas ou bordados.

Os looks, inclusive os que Paris Paloma usa nos vídeos musicais, ficam sob os cuidados da stylist e editora de moda Leith Clark, que também veste Lucy Boynton, Keira Knightley e Parker Posey. “Cada videoclipe que fizemos parece que, por apenas um dia, estamos realmente vivendo naquele mundo”, disse a cantora à Rolling Stone Australia.

Entre as marcas, ela tem apostado em Dior, Erdem, Homolog, Simone Rocha, Renli Su, R.L.E., Bora Asku, entre outras. De maneira geral, as escolhas transbordam uma atmosfera folk e até um toque medieval, em alguns casos. Os detalhes, aliados à narrativa das composições, deixam o recado de que delicadeza e força podem andar juntas.

Sanguine Bride
Um dos looks recentes mais marcantes de Paris Paloma foi o vestido usado para a apresentação recente no Dia Internacional da Mulher em Washington DC, nos Estados Unidos. A peça é da coleção nupcial Sanguine Bride, da designer Hana Yagi.
A razão do tingimento em vermelho na barra tem um significado feminista e extremamente simbólico, segundo a própria artista, que criou a peça a partir de vestidos de noiva e quimonos danificados de lojas de aluguel.


“No Japão, há uma história de que uma das razões pelas quais os vestidos de noiva são brancos é para expressar a pureza e a inocência de uma mulher e sua intenção de ser tingida pela família com a qual se casa”, compartilhou Hana no Instagram, destacando que a ideia é “desafiar as normas patriarcais do ritual do casamento”.
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