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Cabeça leve: entenda como vivem os animais que não têm cérebro

Eles não pensam, não sentem dor, mas funcionam perfeitamente de forma simples. Especialistas explicam como vivem animais sem cérebro

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Close-up de águas-vivas nadando no mar. Metrópoles
1 de 1 Close-up de águas-vivas nadando no mar. Metrópoles - Foto: Getty Images

Pode parecer estranho imaginar um ser vivo sem cérebro — um dos órgãos mais importantes para os humanos. Mas o que seria impossível para nós é realidade para algumas espécies, que vivem, se movem e até caçam sem um sistema nervoso central.

Embora o cenário fuja do que estamos acostumados, diversos animais simples evoluíram de forma a sobreviver perfeitamente bem sem esse comando central. Entre eles estão criaturas marinhas como esponjas-do-mar, águas-vivas, anêmonas, estrelas-do-mar e alguns vermes planos.

A professora de biologia Elisa Rochedo, do Colégio Católica Brasília, explica que esses seres usam estratégias alternativas para manter suas funções vitais.

“As esponjas, por exemplo, não possuem nenhum tipo de sistema nervoso. Elas se alimentam por filtração, utilizando células chamadas coanócitos, que movimentam a água através do corpo e capturam nutrientes”, esclarece.

Já em animais como águas-vivas e anêmonas, existe uma rede nervosa difusa, ou seja, não centralizada, que permite reações simples a estímulos do ambiente, como luz ou toques.

“Eles conseguem se mover e reagir ao ambiente mesmo sem um cérebro. É uma rede de células nervosas que atua em conjunto, mas sem um comando central”, completa Ana Carolina Lima, professora de ciências naturais e biológicas do Colégio Marista João Paulo II.

Vida em modo automático

As estrelas-do-mar e os ouriços-do-mar também vivem sem cérebro. Eles possuem nervos distribuídos pelos braços, o que permite a locomoção e a resposta a estímulos.

“Esses animais têm um sistema nervoso descentralizado, com nervos radiais. Cada parte do corpo executa suas funções de forma coordenada, mas sem depender de um centro de controle”, afirma Elisa.

Já os platelmintos, vermes achatados como a planária, apresentam uma organização um pouco mais complexa, com gânglios nervosos — estruturas que funcionam como mini-centros de comando localizados. Mas ainda assim, não há um cérebro de fato. “Eles funcionam quase no piloto automático. As respostas são simples, diretas e locais”, observa Ana Carolina.

Essa simplicidade, no entanto, não significa ineficiência. Pelo contrário, esses animais são totalmente adaptados ao ambiente em que vivem. “É uma forma de vida mais simples, mas perfeitamente funcional”, acrescenta a professora.

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As águas-vivas possuem uma rede nervosa difusa, não centralizada, que coordena suas funções básicas, como movimento e resposta a estímulos.
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Estrelas-do-mar não têm cérebro, nem sangue. Elas também não sabem nadar. am o tempo todo no fundo do oceano, flutuando ou sendo levadas pela correnteza até a praia.

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As águas-vivas possuem uma rede nervosa difusa, não centralizada, que coordena suas funções básicas, como movimento e resposta a estímulos.

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Eles sentem dor?

A questão sobre sentir dor ou ter algum tipo de consciência em organismos tão simples ainda está em debate entre os cientistas. A maioria dos especialistas, no entanto, acredita que esses animais não possuem mecanismos biológicos para processar dor como os humanos.

“A dor, como nós conhecemos, requer um sistema nervoso central que processe informações de maneira consciente. Esses animais reagem a estímulos, mas são respostas automáticas, reflexas. Não há percepção emocional”, explica a professora Elisa.

Ana Carolina complementa que não há sinais de que eles apresentem qualquer nível de consciência. “Mas esse ainda é um campo em aberto para a ciência. Com o avanço dos estudos, novas descobertas podem surgir”, ressalta.

Uma pista sobre o ado da vida

Estudar esses organismos é também uma maneira de compreender como surgiu e evoluiu o sistema nervoso ao longo do tempo. “Eles mostram os primeiros os da evolução neurológica. São exemplos de como a vida começou a se organizar mesmo sem estruturas complexas”, destaca Elisa.

Ana Carolina compara esses seres a um capítulo inicial da história da vida inteligente. “Eles são como janelas para o ado. Nos ajudam a montar o quebra-cabeça da evolução e a entender como chegamos aos sistemas nervosos complexos que temos hoje”, completa.

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