TAP se pronuncia após voo cancelado por causa de embarque de cachorro
Voo da companhia TAP Air Portugal foi cancelado após cachorro de serviço ser impedido de embarcar mesmo com ordem judicial
atualizado
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A companhia TAP Air Portugal se pronunciou após ter voo cancelado ao impedir o embarque de um cachorro de serviço, no Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão, no Rio de Janeiro (RJ). A empresa justificou não ter cumprido ordem judicial por questões de segurança.
A TAP Air Portugal afirmou que a ordem judicial violaria o Manual de Operações de Voo da TAP Air Portugal, e que colocaria em risco a segurança a bordo. O voo tinha como destino a capital Lisboa, em Portugal, e partiria na tarde de sábado (24/5).
“Este cancelamento foi devido a obrigação judicial de transporte em cabine de animal que não cumpre com a regulamentação aérea acima mencionada”, afirmou a companhia em nota enviada ao Metrópoles. “Foram dadas alternativas de transporte para o animal, que não foram aceitas pelo tutor”.
A empresa frisou também que a pessoa que necessita de acompanhamento do cachorro de serviço não realizaria a viagem no voo.
Um mandado judicial da 5ª Vara Cível da Comarca de Niterói (RJ) autorizou o cão de serviço Teddy a entrar na aeronave com a ageira Hayanne Porto. A irmã dela foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, por isso, precisa de e constante do animal.
Como a TAP não atendeu à determinação da Justiça, a família acionou a Polícia Federal (PF). Em seguida, agentes da corporação impediram a aeronave de decolar sem que Teddy viajasse em local apropriado.
O processo detalha que uma situação similar ocorreu em 8 de abril. Na ocasião, mesmo após o cumprimento de todas as exigências legais, um animal de e emocional foi impedido de acompanhar uma criança com TEA no voo. Devido aos prejuízos sofridos pela família, a Justiça do Rio de Janeiro concedeu uma liminar que obrigava a autorização do embarque do animal.
No caso de Teddy, a advogada Fernanda Lontra, que representa a família de Hayanne, afirmou: “Preciso que a TAP cumpra a liminar”. Isso porque o Certificado Veterinário Internacional (CVI) do cachorro vence neste domingo (25/5), e um novo documento demora cerca de 10 dias para ficar pronto.
A TAP se manifestou na manhã deste domingo, por nota. Veja:
A prioridade número 1 da TAP sempre será a segurança dos nossos ageiros e tripulação.
Devido a uma ordem judicial de autoridades brasileiras, que violaria o Manual de Operações de Voo da TAP Air Portugal, aprovado pelas autoridades competentes portuguesas, e que colocaria em risco a segurança a bordo, lamentamos informar que fomos obrigados a cancelar o voo TP74.
Este cancelamento foi devido a obrigação judicial de transporte em cabine de animal que não cumpre com a regulamentação aérea acima mencionada.
Foram dadas alternativas de transporte para o animal, que não foram aceitas pelo tutor.
Informamos ainda, que a pessoa que necessita de acompanhamento do referido animal não realizaria a viagem neste voo. Sendo o animal acompanhado por ageira que não necessita do referido serviço.
A TAP lamenta a situação, que lhe é totalmente alheia, mas reforçamos que jamais poremos em risco a segurança dos nossos ageiros, nem mesmo por ordem judicial.