MC do CV posta selfie em avião e acaba preso após desembarcar de voo
Segundo a polícia, o funkeiro teria ligação com o Comando Vermelho. Ele foi preso em Fortaleza, onde faria um show nesta sexta-feira (23/5)
atualizado
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Um segundo cantor de funk foi preso na operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (23/5) pela Polícia Civil do Ceará (PCCE). Francisco Wanderson Mendes, conhecido como “MC Dym”, foi localizado após postar uma foto dentro de um avião. Ele foi interceptado ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Fortaleza.
Segundo a polícia, o funkeiro, que tem 31 anos, estaria envolvido com o Comando Vermelho (CV). Foi cumprido nesta sexta (23) um mandado de de prisão em aberto por participação em organização criminosa.
Nas redes sociais, o funkeiro acumula mais de 47 mil seguidores. Seu último lançamento musical ocorreu há um mês. O clipe da música chamada “Discípulos de Pablo Escobar” — em alusão ao traficante e narcoterrorista colombiano fundador do Cartel de Medellín — já acumula 16 mil visualizações.
Prisão
MC Dym embarcou no Rio de Janeiro com destino a Fortaleza para realizar shows. Uma das apresentações ocorreria na noite desta sexta-feira (23), em Fortaleza, e o segundo show seria realizado no sábado (24), em Acaraú.
Ele foi preso, ao desembarcar, por agentes do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
Operação
Na manhã desta sexta (23/5), a PCCE deflagrou uma operação contra integrantes do Comando Vermelho (CV). Outros 17 suspeitos foram capturados na ação, sendo que um deles também é um cantor de funk.
Conhecido como MC Dick, Carlos Eduardo de Almeida Pires, que possui mais de 2 mil ouvintes mensais em plataformas de música, também foi preso.
Ele é conhecido por letras que exaltam ações do Comando Vermelho, facção criminosa de origem carioca, além de fazer ameaças a policiais e rivais.
Durante a ação, batizada de Operação Nocaute II, foram apreendidos veículos e celulares, além do cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão. A Polícia também solicitou o bloqueio de até R$ 20 milhões em contas bancárias ligadas aos investigados. Entre os detidos, seis já estavam recolhidos em unidades prisionais.
De acordo com a Polícia Civil do Ceará, a Operação Nocaute II visa identificar e prender suspeitos de envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).