Inflação medida pelo IGP-10 desacelera para 0,53% em janeiro, diz FGV

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-10) registrou alta de 0,53% em janeiro. Embora tenha avançado, o índice desacelerou em relação ao mês anterior, quando ficou em 1,14%. A informação foi publicada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) nesta sexta-feira (17/1).

O que é o IGP-10:

• O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil. Para isso, coleta-se a variação dos preços do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês atual (o de referência).
• O FGV Ibre mostrou que o índice desacelerou para 0,53% em janeiro.
• Em dezembro de 2024, o IGP-10 foi de 1,14%.
• A inflação oficial do país fechou o ano de 2024 em 4,83% — acima do teto da meta, que era de 4,5%.

Com o resultado de janeiro, o IGP-10 acumula alta de 0,53% no ano e 6,73% nos últimos 12 meses. Em janeiro de 2024, ele subiu 0,42%, mas teve queda acumulada de 3,20% em 12 meses.

“Commodities que pressionaram o IPA no final de 2024 e impulsionaram a inflação ao consumidor começaram a apresentar queda em seus preços. Entre os principais destaques estão soja, bovinos e leite in natura, que figuraram entre as maiores influências negativas no índice ao produtor em janeiro”, comentou o economista do FGV Ibre André Braz.

“Em contraste com o comportamento do IPA, o IPC e o INCC mostraram aceleração em relação a dezembro. No IPC, o principal destaque foi o reajuste das mensalidades escolares, enquanto no INCC, a aceleração foi puxada pelo aumento nos custos da mão de obra”, completou Braz.

Em janeiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) — com peso de 60% no IGP-10 — desacelerou para 0,57%, um recuo expressivo em relação à taxa de 1,54% observada em dezembro.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou para 0,26% em janeiro na comparação com dezembro, quando o índice caiu 0,02%. O IPC tem peso de 30% no IGP-10.

Com os 10% restantes do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,74% em janeiro — 0,32 ponto percentual maior do que a variação observada em dezembro, de 0,42%.