Barra Torres acusa “aparelhamento digital” para desacreditar a Anvisa
Diretor-presidente ressaltou, ainda, que investigações são feitas para identificar os criminosos que coordenam os ataques virtuais à agência
atualizado
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O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, defendeu a autarquia de ataques promovidos por meio de notícias falsas. As declarações foram feitas durante a 6ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada de 2022, nesta quarta-feira (30/3).
“Na veiculação das fake news observa-se nitidamente um aparelhamento digital que a longe de iniciativas individuais do cidadão comum”, explicou. “Observamos nos últimos meses uma ação destas forças contra essa agência nacional, numa nítida ação de lançar a desconfiança, o descrédito, a desconsideração ao trabalho técnico feito nesta agência”.
Durante a reunião, os diretores aprovaram o uso temporário e emergencial das pílulas antivirais Paxlovid, fabricadas pela Pfizer para tratamento contra a Covid-19.
A relatora do processo foi a segunda diretora da Anvisa, Meiruze de Sousa Freitas, que se posicionou a favor do uso do medicamento. Os diretores Rômison Mota, Alex Campos, Cristiane Jourdan e Antonio Barra Torres acompanharam a relatora.
O diretor-presidente ressaltou, ainda, que investigações são feitas para identificar os criminosos que coordenam os ataques virtuais à agência.
“Permanece viva da parte deste diretor-presidente a total tranquilidade para que toda e qualquer investigação seja feita, em face da menor suspeição quanto à lisura dos procedimentos desta agência nacional, no intuito de combater a pandemia e enfrentar esta doença”, destacou.
Presidente desacreditou agência
Em meio à pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve conflitos com a Anvisa em diferentes momentos. Um dos mais intensos foi em dezembro de 2021, após a agência autorizar o uso do imunizante pediátrico da Pfizer contra Covid em crianças de 5 a 11 anos.
O mandatário chegou a falar que exigiu o nome dos servidores que participaram da análise e insinuou que existiriam interesses ocultos na aprovação. A equipe da Anvisa recebeu constantes ameaças depois das falas.