Não consegue dormir? Pesquisa aponta que a causa pode ser genética
Estudos apresentam novidades sobre a insônia e suas consequências para a saúde de quem sofre com a condição
atualizado
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Quem sofre de insônia sabe o quão complicado é manter uma vida normal após tantas noites mal dormidas. Os tratamentos disponíveis incluem terapia comportamental e uso de remédios, mas eles só resolvem os sintomas da condição. O problema atinge 36,5% dos brasileiros, segundo dados da Associação Brasileira do Sono.
Sempre foi difícil achar uma cura definitiva para a insônia porque pesquisadores não conseguiam apontar exatamente a causa do distúrbio. Entretanto, um novo estudo alega ter encontrado o motivo para o problema, e a descoberta pode propor soluções diferentes.
Uma publicação do Molecular Psychiatry revelou que sete genes diferentes podem contribuir para o paciente desenvolver ou não a insônia. De acordo com a pesquisa, o distúrbio dos movimentos periódicos dos membros e a síndrome das pernas inquietas são causadas pelo mesmo motivo da dificuldade de dormir.
Além de desconforto e cansaço, a pesquisa descobriu outras consequências clínicas de quem lida com a condição. “Insônia crônica é um grande gatilho para saúde ruim e incapacitação. Distúrbios cardiovasculares, metabólicos – como diabetes tipo 2 – e mentais, incluindo estresse pós-traumático e suicídio, são ligados ao problema”, diz o estudo.A novidade desbanca as ideias de que a insônia é “frescura” ou dificuldade de se desligar. Teorias similares ao estudo publicado sugerem como causa a falta de uma molécula específica, chamada popularmente de “gene do conforto”. Enquanto tratamentos eficazes são desenvolvidos, a dica é apostar em técnicas de relaxamento, meditação e chás para tornar o sono menos desafiador.