Variantes do coronavírus se espalham melhor pelo ar, dizem estudos
Pesquisas demonstraram que pessoas infectadas com a variante Alfa, por exemplo, exalam 43 vezes mais vírus por aerossóis
atualizado
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Desde que as primeiras variantes do coronavírus foram descobertas, a comunidade científica tenta explicar porque elas parecem ser mais transmissíveis do que a cepa original. Agora, dois estudos publicados nas últimas semanas sugerem que o vírus estaria se tornando mais eficiente para se espalhar pelo ar.
Os pesquisadores do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, responsáveis pelos dois levantamentos, demonstraram que pessoas infectadas com a variante Alfa, também conhecida como britânica, exalam 43 vezes mais vírus em aerossóis e que eles viajam por distâncias muito maiores.
Os cientistas acreditam que os resultados também podem ser extrapolados para a variante Delta, que é mais transmissível do que as outras cepas acompanhadas com preocupação pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ao jornal The New York Times, a especialista em vírus da Universidade Virgínia Tech, Lindsey Marr, afirma que os resultados apontam para uma evolução do coronavírus para se tornar mais eficiente na transmissão pelo ar.
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Apesar da informação, os responsáveis pela pesquisa lembram que não é preciso entrar em pânico, e que as ferramentas que já temos são suficientes para evitar a transmissão. Máscaras mais eficientes, como a PFF2/N95, por exemplo, são capazes de barrar os aerossóis.