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Nobel: por que vacinas de RNA transformaram pandemia e ganharam prêmio

O Nobel de Medicina deste ano foi entregue à dupla de cientistas criadores de técnica que permitiu o desenvolvimento da vacina contra Covid

atualizado

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ilustração de cientistas estudando e criando uma vacina - Metrópoles
1 de 1 ilustração de cientistas estudando e criando uma vacina - Metrópoles - Foto: miakievy/GettyImages

O prêmio Nobel de Medicina de 2023 foi concedido nessa segunda-feira (2/10) para dois cientistas responsáveis pelo trabalho pioneiro que ajudou a criar as vacinas contra a Covid-19 usando tecnologia de RNA mensageiro (mRNA).

A biomédica húngara Katalin Karikó, 68 anos, e o médico americano Drew Weissman, 64, foram reconhecidos por ajudar a mudar o curso da pandemia que começou no início de 2020.

A plataforma de tecnologia de mRNA, usada nas vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, se mostrou mais eficiente e segura para o desenvolvimento de imunizantes contra vírus de alta mutação, como o Sars-CoV-2, que rapidamente evoluiu para diferentes variantes.

“Através das suas descobertas inovadoras, que mudaram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunológico, os laureados contribuíram para uma taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”, considera a Assembleia do Nobel em comunicado.

A pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), acredita que sem as vacinas de mRNA, a situação epidemiológica global estaria muito diferente. “Os imunizantes anteriores tiveram um papel muito benéfico no início, mas conforme a pandemia foi avançando, surgiram novas variantes e, com as vacinas de mRNA, tivemos a possibilidade de adaptação rápida”, afirma.

Para a presidente da SBIm, o prêmio é um reconhecimento da importância dessas vacinas. “O prêmio é um grande marco que nos motiva, é um incentivo para aqueles que ouviram tantas fake news repensarem e valorizarem a vacina”, afirma.

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Médico, apesar de não ser afeito às comemorações, disse que iria a um bom jantar
O médico americano Drew Weissman é professor da Univesidade da Pensilvânia
A húngara Katalin Karikó é uma bioquímica que só se tornou professora titular em 2021
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A húngara Katalin Karikó é uma bioquímica que só se tornou professora titular em 2021

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 Salto na ciência durante a pandemia

A vacina é considerada uma das maiores conquistas da medicina moderna. A imunização ajuda o corpo a se preparar previamente contra infecções, estimulando a formação de uma resposta imune contra patógenos.

Antes da pandemia da Covid-19, as fórmulas mais comuns usavam vírus atenuado, como o imunizante contra sarampo, caxumba e rubéola, e a vacina oral contra a poliomielite (VOP); ou vírus inativado, como a da hepatite A e a vacina inativada da poliomielite (VIP).

Há também a vacina de vetor viral, como a do Ebola. Quando é aplicada, a proteína viral selecionada é produzida nas células, estimulando uma resposta imune contra o vírus alvo.

Todas elas necessitam de cultura celular em larga escala, um processo que exige muitos recursos e limita a possibilidade de produção rápida, que acompanhe a evolução do vírus para impedir novos surtos e pandemias.

“Vacinas que demoram para ser atualizadas podem estar em descomo entre o vírus que está circulando e o que está no imunizante”, considera a presidente da SBIm.

Embora tenha encontrado dificuldade em encontrar financiamento para suas pesquisas no início da década de 1990, Katalin Karikó persistiu no projeto de desenvolvimento de métodos para usar o mRNA com fins terapêuticos e encontrou no médico Drew Weissman um novo parceiro de trabalho para estudar como os diferentes tipos de RNA interagem com o sistema imunológico.

Em 2005, a dupla conseguiu desenvolver as chamadas modificações na base dos nucleosídeos, que impedem o sistema imunológico de fazer um ataque inflamatório contra o mRNA produzido em laboratório.

A descoberta aumentou o interesse de outras empresas no desenvolvimento do método para vacinas contra o vírus Zika e MERS-CoV, muito parecido com o Sars-CoV-2. O início da pandemia acelerou as pesquisas sobre essa plataforma, levando à criação das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, ambas aprovadas em dezembro de 2020.

À medida que o vírus evoluía, transformando-se em novas variantes, a população adoecia novamente, levando a novas ondas da pandemia. Cientistas envolvidos com a vacinação perceberam que a plataforma de mRNA era a mais viável para atualizar as vacinas, com a substituição do vírus a partir do sequenciamento genético da proteína spike.

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Futuro

Para a comunidade científica, a flexibilidade e rapidez com que novas vacinas de mRNA podem ser adaptadas abre as portas para a adaptação da plataforma para a produção de imunizantes contra outras doenças causadas por vírus de alta mutação, como o influenza, causador da gripe. Elas também poderão ser usadas para fornecer proteínas terapêuticas e tratar alguns tipos de câncer.

“O vírus influenza é apontado como o mais provável de causar uma nova pandemia, então é desejável que tenhamos uma vacina de rápida produção”, afirma Mônica.

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