Chá de folha de abacate: saiba benefícios e como preparar a infusão
O chá possui ação antioxidante e anti-inflamatória graças à presença de compostos como flavonoides e polifenóis. Veja contraindicações
atualizado
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O abacate é uma fruta amplamente consumida devido ao seu alto valor nutricional e benefícios à saúde. Além da polpa, as folhas também podem ser utilizadas no preparo de chás.
A infusão possui ação antioxidante e anti-inflamatória, graças à presença de compostos como flavonoides e polifenóis. “Esses componentes ajudam a proteger as células contra o estresse oxidativo, contribuindo para a prevenção de diversas doenças”, explica a nutricionista Patricia Axer, da Rede Mater Dei de Saúde.
Outro benefício do chá de folha de abacate está na digestão. A bebida pode aliviar desconfortos gastrointestinais devido à presença de quercetina, um composto com ação anti-inflamatória. Além disso, os taninos presentes nas folhas ajudam a regular a função intestinal, auxiliando em quadros de diarreia leve e inflamações no trato digestivo.
Estudos indicam que o consumo regular do chá pode contribuir para a manutenção de níveis saudáveis de colesterol e da pressão arterial. “A bebida traz benefícios para a saúde cardiovascular de forma geral”, destaca Patricia.
Benefícios do chá de folha de abacate
- O chá tem ação diurética que auxilia na eliminação de líquidos, reduz o inchaço e contribui para o controle da pressão arterial.
- Também possui efeito anti-inflamatório que alivia dores musculares e articulares, sendo benéfico para quem sofre de inflamações crônicas.
- A bebida proporciona melhora da digestão, contribui para a saúde intestinal e alivia desconfortos gastrointestinais, como sensação de estufamento após as refeições.
- A infusão também ajuda a equilibrar os níveis de açúcar no sangue, sendo benéfico para pessoas com resistência à insulina ou diabetes. Além disso, pode reduzir a vontade de consumir doces ao longo do dia.
Como preparar a infusão?
O modo de preparo influencia na absorção dos benefícios da bebida. Segundo a nutricionista esportiva e funcional Thaís Barca, da Clínica CliNutri, em São Paulo, as folhas do abacate pertencem ao grupo de partes moles da planta, o que torna a infusão o método ideal de preparo.
“Basta ferver 200 a 300 ml de água. Assim que levantar fervura, desligue o fogo e acrescente de três a cinco folhas, frescas ou secas. Se forem frescas, é importante que estejam bem lavadas e higienizadas”, orienta a especialista. Após adicionar as folhas, o recipiente deve ser tampado e a infusão precisa descansar por cerca de 7 a 10 minutos. Em seguida, é só coar e consumir.
O chá pode ser ingerido morno, em temperatura ambiente ou até gelado, com a adição de gelo. “O ideal é consumir no máximo duas xícaras por dia, principalmente entre as refeições, para potencializar os benefícios”, recomenda Thaís. No entanto, por ter efeito diurético, o consumo após as 18h deve ser evitado para não interferir no sono.
Outro ponto importante é que a bebida não deve ser adoçada. “Para obter o benefício fitoterápico, o ideal é consumir sem adoçantes, pois eles podem alterar as propriedades da planta”, explica a especialista.
A procedência das folhas também influencia na qualidade do chá. “O ideal é buscar folhas de boa procedência, evitando as que possam conter agrotóxicos ou contaminações, preferindo lojas especializadas”, completa.
Há contraindicações?
Apesar dos benefícios, o chá não é indicado para algumas pessoas. A nutricionista Thaís explica que, como qualquer fitoterápico, a bebida pode causar efeitos adversos em determinadas condições.
“Gestantes e lactantes devem evitar o consumo, pois o chá contém compostos que podem ter efeito abortivo e, no caso das lactantes, pode alterar a produção de leite”, alerta. Mulheres grávidas devem sempre consultar um médico antes de consumir qualquer tipo de erva medicinal.
Além disso, pessoas com problemas renais ou predisposição a doenças nos rins devem ter cautela. “Por ter efeito diurético, o consumo excessivo pode sobrecarregar os rins, principalmente se a pessoa não tiver uma boa hidratação ou prática regular de atividade física”, finaliza Thaís.
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