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Caso Pelé: entenda o que são e as vantagens dos cuidados paliativos

Cuidados paliativos ajudam pacientes e familiares a minimizarem o sofrimento diante de uma doença incurável e garantem qualidade de vida

atualizado

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cuidadora de mãos dadas com idosa hospital
1 de 1 cuidadora de mãos dadas com idosa hospital - Foto: Getty Images

Os cuidados paliativos têm sido muito destacados na última semana devido ao estado de saúde de Pelé, o Rei do Futebol, que está internado em São Paulo. O ex-atleta tratava um câncer de cólon, mas as últimas informações são de que a quimioterapia não estaria mais funcionando.

Apesar de a família do astro ter negado que ele está recebendo o cuidado paliativo, as medidas tendem a ser indicadas para pacientes em estágio avançado de câncer e de outras doenças, como demências.

O que são cuidados paliativos?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as técnicas consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente e dos familiares.

Os cuidados paliativos são adotados quando o paciente tem uma doença potencialmente incurável. O objetivo é evitar e aliviar o sofrimento físico, psicológico, social e emocional. Em 2019, eles foram incluídos pelo Ministério da Saúde como política pública de saúde.

“A indicação de cuidados paliativos significa que o paciente tem uma doença grave e necessita de medidas de conforto biopsicossocial. O foco é melhoria da qualidade de vida dele e da família. Quanto mais oportunamente eles forem introduzidos, melhor”, explica a gerente de Assistência Multidisciplinar e Apoio Diagnóstico do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), Raquel Beviláqua.

Apesar da conotação iva do termo, Raquel explica que a abordagem não significa que o paciente ou os médicos desistiram do tratamento. As medidas são decisões ativas, em prol da melhor qualidade de vida possível.

A gerente médica Priscilla Ferreira Cunha, do Hospital Placi, no Centro Integrado de Saúde Neo Life, em Brasília, acrescenta que cuidados paliativos não são sinônimo de fim de vida nem de terminalidade.

“Pelo contrário, essa especialidade vem como uma afirmação da vida e garante a qualidade dela durante o processo de adoecimento”, diz.

Cuidado precoce e humanizado

Para as especialistas, a adoção precoce de condutas terapêuticas é necessária para respeitar os limites do próprio paciente diante da situação vivenciada. Elas são uma resposta à carga devastadora de sintomas físicos, emocionais e psicológicos vivenciados por quem tem uma doença incurável.

“A indicação é que a pessoa seja introduzida aos cuidados paliativos de forma precoce, logo após receber o diagnóstico de doença ameaçadora de vida. Dessa forma, será possível garantir que o paciente tenha melhor qualidade de vida, permitindo, quando indicada, a continuidade da terapia modificadora da doença com sintomas bem controlados”, explica Priscilla.

Os cuidados paliativos, então, devem contribuir para aliviar complicações e sintomas estressantes causados tanto pelo tratamento quanto pela evolução da doença. Para Raquel, os benefícios são principalmente o alívio da dor e de outros sintomas como astenia (fraqueza), anorexia, dispnéia (falta de ar) e outras emergências.

O tratamento traz ferramentas que reafirmam a vida e a morte como processos naturais, integrando aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente.

“A intenção não é apressar ou adiar a morte. Os cuidados paliativos oferecem um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente em seu próprio ambiente, além de um dar e para que os pacientes vivam o mais ativamente possível até a morte. Dentro das ações adotadas há, inclusive, aconselhamento e e ao luto”, relata Raquel.

Encaminhamento tardio

Segundo Priscilla, atualmente o encaminhamento ao cuidado paliativo ocorre tardiamente, além de haver ruptura assistencial entre a equipe que vinha tratando a doença de base.

“Isso faz com que o paciente e os familiares se sintam isolados, como se houvesse uma desistência da equipe e o indivíduo fosse deixado à própria sorte. Quando o encaminhamento é precoce, há tempo de formar uma relação entre equipe, paciente e a rede de apoio, aumentando a segurança e a adesão ao tratamento proposto”, afirma.

Outro benefício do encaminhamento precoce é a menor realização de tratamentos ou procedimentos fúteis. Para Priscilla, essas abordagens equivocadas tendem a piorar ou gerar novos sintomas que reduzem a qualidade de vida. Quando há cuidado desde o início, ela afirma que pode-se esperar até mesmo o aumento da expectativa de sobrevida.

“Há ainda a possibilidade de fechamento de assuntos pendentes, sejam eles familiares ou burocráticos, bem como um planejamento sobre o fim de vida e os desejos do paciente. Os cuidados paliativos permitem que a pessoa doente se mantenha inserida no meio social, sem que haja isolamento. Para os familiares, traz auxílio na estruturação do cuidado, acompanhamento e elaboração do luto”, comenta a gerente médica do Hospital Placi.

Equipe multidisciplinar

A gerente da equipe multiprofissional do HAB ressalta a importância de uma equipe com vários especialistas para realizar os cuidados paliativos. Para ela, o trabalho em conjunto é necessário para garantir valores éticos e humanos, assim como a autonomia individual do paciente.

Os profissionais de saúde envolvidos na equipe multidisciplinar englobam médico paliativista e clínico geral, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, assistente social, enfermeiro e técnico de enfermagem, por exemplo.

Também há disponibilidade de serviços de motoristas, representantes religiosos, voluntários e cuidadores para acompanhar e apoiar o paciente e os membros da família.

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