Decisão do TJSP cita que ex de Rina renunciou a cargo na Bola de Neve
Nesta quinta, a Justiça determinou reintegração de posse, após o conselho istrativo acusar a pastora Denise Seixas de invadir a igreja
atualizado
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São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) expediu um mandado de reintegração de posse da Igreja Bola de Neve, nesta quinta-feira (12/12). Na decisão, a juíza Isabela Canesin, da 12ª Vara Cível, cita que a pastora Denise Seixas, ex-esposa do fundador e líder da instituição, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, renunciou ao cargo de vice-presidente.
Para impedir que a cantora gospel fique na igreja, a magistrada determinou, inclusive, “arrombamento, caso necessário”. Além disso, solicitou que a Polícia Militar de São Paulo acompanhe o cumprimento da determinação. Em 29 de novembro, o atual conselho istrativo acusou Denise de invadir a sede religiosa.
“A requerida [Denise Seixas] renunciou ao cargo de vice-presidente da associação, havendo sido eleitos novos representantes interinos da entidade. Por conseguinte, não lhe assistiria o direito de tomar posse da sede e diretoria da associação”, conforme consta na sentença da Justiça de SP.
A postura de continuar indo à sede da Bola de Neve foi vista como tentativa de assumir a presidência da igreja. No mesmo dia, por meio de representantes jurídicos, o colegiado ajuizou o processo para impedir que Denise ficasse no local. Agora, ela terá 15 dias para apresentar defesa.
Entenda o caso da pastora Denise, ex de Rina, na Bola de Neve
Como o Metrópoles havia publicado anteriormente, Denise Seixas aceitou deixar o cargo de vice-presidente da Bola de Neve em agosto deste ano, no acordo de divórcio entre os dois. Sendo assim, ela permaneceria com o título de cofundadora e o cargo de pastora.
Além disso, a pastora receberia uma remuneração de R$ 10 mil por mês, mais o plano de saúde da igreja. O documento foi assinado quase três meses antes da morte do ex-esposo, no dia 17 de novembro, em um acidente de moto na Rodovia Dom Pedro I, em Campinas, no interior paulista.
Em 18 de novembro, o conselho da Bola de Neve elegeu Gilberto Custódio de Aguiar como vice-presidente interino. Representado pelos advogados Antônio Palma, Antonio Dourado, Luís Antônio Ribeiro e Renato Armoni, o colegiado ajuizou a ação de reintegração de posse ao acusar Denise de invadir a igreja.
Procurada em 4 de dezembro, a defesa de Denise Seixas garantiu que a pastora estava indo à sede da Bola de Neve “quando necessário”, assim como aos templos da instituição religiosa. “Ela foi à igreja porque é presidente. Pode entrar e sair na hora que quiser”, alegou o advogado Anderson Albuquerque.