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Repórter da Globo chamado de racista receberá R$ 30 mil de indenização

Justiça alegou que o ativista atribuiu ao repórter adjetivos difamatórios de propagador de fake news e racista em cobertura de chuva de 2024

21/02/2025 18:06, atualizado 21/02/2025 18:22

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Imagem colorida de repórter chorando ao vivo. Metrópoles

1 de 1 Imagem colorida de repórter chorando ao vivo. Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — O repórter da TV Globo Walace Lara vai receber R$ 30 mil em indenização por ter sido chamado de racista durante a cobertura dos deslizamentos de terra que aconteceram em São Sebastião, litoral de São Paulo, em fevereiro de 2024.

Na ocasião, o jornalista chorou ao vivo após ouvir um relato de que havia comerciantes vendendo um litro de água por R$ 93 na região.

Segundo a decisão da Justiça, proferida na última quarta-feira (19/2), o ativista Antonio Isupério atribuiu ao repórter alguns adjetivos “difamatórios de propagador de notícia falsa e de racista” mostrando a foto de Walace no conteúdo postado nas redes sociais.

O juiz Pastorelo Kfouri entendeu que os comentários pejorativos mencionados pelo réu tornaram pública uma impressão individual que o autor tinha sem “sequer averiguar a origem e autoria da informação repugnada por ele”.

Além disso, afirmou que a quantidade de seguidores do ativista que teve o às informações “inverídicas” propagadas por Antonio é o suficiente para presumir a extensão do dano à imagem do repórter.

O réu já havia sido condenado ao pagamento de R$ 5 mil, porém o jornalista recorreu solicitando um aumento para R$ 30 mil na indenização, alegando que o ativista mora nos Estados Unidos e que recebe em dólar, por isso a sentença “foi insuficiente ao definir o baixo valor indenizatório em moeda nacional”.

A ação foi acatada pelo magistrado.