Racismo: TJSP nega suspensão de processo de cassação de vereador
Alvo de processo de cassação por racismo, vereador paulistano Camilo Cristófaro usou expressão “coisa de preto” durante sessão em 2022
atualizado
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São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou, nessa quarta-feira (5/9), um pedido para suspender o processo de cassação do vereador Camilo Cristófaro (Avante) por racismo na Câmara Municipal de São Paulo. A votação no plenário da Casa foi marcada para o dia 19 de setembro.
Em maio de 2022, durante sessão no plenário, Camilo teve um áudio vazado em que dizia que não lavar a calçada era “coisa de preto”. No dia 24 de agosto, a Corregedoria da Câmara aprovou o processo de cassação do parlamentar.
Além de pedir pela suspensão do processo, Camilo também havia solicitado que o caso tramitasse em sigilo. O juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da 4ª Vara da Fazenda Pública, também negou o pedido.
“Não se impõe o sigilo, no caso, por interesse público, não se trata de matéria relacionada a direito de família, não se cuida de questão sobre a intimidade do autor, mas sim de sua atuação pública na casa legislativa”, argumentou.
Para aprovar a perda de mandato do parlamentar, basta maioria simples na Câmara Municipal — 28 votos entre os 55 vereadores.