Quem são os policiais civis que teriam sequestrado empresário espanhol
Dois policiais civis do GOE de São Bernardo do Campo são apontados como responsáveis pelo sequestro. Vítima escapou de cativeiro no sábado
atualizado
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São Paulo — Investigações da Corregedoria da Polícia Civil apontam que o sequestro do empresário espanhol Rodrigo Pérez Aristizábal, de 25 anos, teria sido orquestrado e executado por dois integrantes do Grupo de Operações Especiais (GOE) de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. São eles Thiago Gouvêa dos Santos e Moreno Henrichs Huschak.
Moreno Huschak, que atua como agente policial de 2ª classe, com remuneração de R$ 6.016, se apresentou à Corregedoria na segunda-feira (31/3), após ser informado por um advogado sobre a existência de um mandado de prisão contra ele. O policial foi encaminhado ao Presídio Especial da Polícia Civil.
Thiago Gouvêa, papiloscopista de 3ª classe, com salário de R$ 6.312, está foragido desde 23h30 do último sábado (29/1), data em que a vítima escapou do cativeiro.
De acordo com as investigações, Gouvêa foi o responsável pela logística do cativeiro e pela contratação de outros criminosos. Ele também teria atuado diretamente no arrebatamento da vítima.
Moreno Huschak teria atuado no sequestro dando apoio a Thiago e pilotando a viatura usada no crime, uma Trail Blazer.
Além dos policiais civis, o policial militar Ronaldo da Cruz Batista foi preso em flagrante, apontado como a pessoa que fazia a “segurança” do cativeiro.
À polícia, Batista declarou que estava precisando de dinheiro, e um homem identificado como “Quico”, de Ferraz de Vasconcelos, fez contato oferecendo serviço. Ele teria aceitado sem saber quanto receberia e sem participação direta no sequestro.
Fuga do cativeiro
Rodrigo Pérez Aristizábal conseguiu escapar do cativeiro e foi localizado em um restaurante na SP-98, a Rodovia Mogi-Bertioga. O proprietário do estabelecimento acionou a polícia para informar que havia uma pessoa chorando muito no banheiro.
Ele foi localizado pela Polícia Rodoviária Estadual, que acionou um batalhão da Polícia Militar (PM) na região e foi até o cativeiro.
Os policiais encontraram algemas presas a uma cama, onde a vítima foi mantida presa pelos criminosos.