Presos 6 palmeirenses por emboscada contra cruzeirenses em rodovia
Operação nesta terça (1º/4) prende 6 integrantes da Mancha alvi Verde por emboscada contra cruzeirenses, em 2024. Outros 4 estão foragidos
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (1°/4), seis integrantes da torcida organizada palmeirense Mancha alvi Verde envolvidos na emboscada contra torcedores do Cruzeiro, ocorrida na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo, no dia 27 outubro de 2024. O ataque à torcida mineira deixou uma pessoa morta e 16 feridos.
Na manhã desta terça, a polícia cumpriu nove mandados de prisão temporária e uma preventiva contra suspeitos de participação no crime. Seis foram localizados e detidos: Thiago Amorim de Melo, Mauricio Hernesto Hildebrando da Silva, Júlio César Ferreira Souza, Luciano Sérgio Tancredi, Éder da Silva Pongelupe Rogério Ribeiro de Andrade. Além dos mandados, os agentes realizam 12 ordens judiciais de busca e apreensão.
Na primeira fase da operação, foram identificados 21 integrantes e membros principais da Mancha. Foram presos 17 pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e outro pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) e agora todos denunciados pelo Ministério Publico do estado (MPSP) à Vara do Juri de Mairiporã, dentre os presos estão todos os membros da diretoria que planejaram o ataque, entre eles, o advogado da Mancha alvi Verde, Luiz Ferretti Junior. Os primeiros foram denunciados por um homicídio qualificado, 15 tentativas de homicídio qualificado, incêndio e por participar de briga de torcida. Ao todo, 23 torcedores já foram presos por envolvimento no crime e outros quatro estão foragidos.
A emboscada
A briga entre torcedores da Mancha alvi Verde, do Palmeiras, e Máfia Azul, do Cruzeiro, ocorreu por volta de 5h da madrugada do dia 27 de outubro, nas proximidades da cidade de Mairiporã, interior de São Paulo.
A torcida organizada do time mineiro voltava de Curitiba, onde o Cruzeiro havia jogado no dia anterior contra o Athletico Paranaense, pelo Campeonato Brasileiro de 2024, quando os ônibus foram surpreendidos e atacados por membros da organizada palmeirense.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontraram um ônibus incendiado e outro depredado. Foram apreendidos rojões, fogos de artifício, barras de ferro e madeiras, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Com a aproximação das equipes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar de São Paulo, os agressores envolvidos fugiram pelas vias locais. Na emboscada, além da morte de um torcedor do Cruzeiro, outros 17 ficaram feridos — sete deles tiveram traumatismo craniano.