Polícia investiga ameaça coletiva de estupro contra deputadas de SP
Um homem de 28 anos teve seu computador e um telefone celular apreendidos. Ele nega envolvimento na ameaça coletiva de estupro
atualizado
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A Polícia Civil investiga um homem de 28 anos por uma ameaça coletiva de estupro contra todas as deputadas estaduais de São Paulo. Ele teve seu celular e computador apreendidos durante uma operação dessa segunda-feira (2/6), mas negou a autoria do crime.
No último sábado (31/5), as parlamentares receberam um e-mail onde o remetente ameaçava “invadir a Alesp” com uma carabina semiautomática FGC-9.
Ameaça coletiva de estupro
- Todas as 24 parlamentares da Alesp receberam um e-mail nesse sábado (31/5) em que o autor fala em “estuprar, matar e queimar as deputadas”.
- O autor diz que o texto foi escrito com “criptografia militar”, que está no “esgoto da Grande São Paulo” e só irá para superfície quando for fazer os atos de terror com as deputadas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
- A ameaça também contém mensagens de cunho racista direcionadas a deputadas negras e ameaças capacitistas contra parlamentares que lutam pelos direitos de pessoas com deficiência.
- Deputadas de todos os campos políticos publicaram uma nota conjunta intitulada “não seremos silenciadas”.
- No comunicado, elas dizem que “casos de violência política como esse, organizados por grupos na internet, têm sido cada vez mais comuns”.
O autor, que afirma no e-mail ter nascido em 1998, se identificou como ‘masculinista’ – um termo associado a crenças que se opõem ao feminismo, promovendo ideias patriarcais e misóginas.
O e-mail está assinado no nome do homem que foi alvo da operação da polícia dessa segunda-feira. Em depoimento, contudo, ele disse ser vítima do caso. Afirmou que seu nome foi usado para o envio dos e-mails e contestou seu envolvimento nos ataques.
O presidente da Alesp, André do Prado (PL), deve se reunir com as deputadas nesta terça-feira (3/6), quando será discutida a conduta adotada pela Casa.