1 de 1 PF faz operação contra descontos de R$ 6,3 bi de beneficiários do INSS
- Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
São Paulo — Em seu pedido de autorização judicial para deflagrar a Operação Sem Descontos, realizada nesta quarta-feira (23/4) contra um esquema de cobrança indevida de mensalidade sobre aposentados e pensionistas do INSS, a Polícia Federal (PF) afirmou que a investigação teve início em dezembro de 2023, a partir das primeiras reportagens do Metrópoles que revelaram a prática.
De acordo com a decisão do juiz Massimo Palazzolo, titular da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo que autorizou a operação, a PF informou que a investigação teve início a partir da partir de uma notícia-crime na qual “o denunciante relata reportagens do periódico Metrópoles, publicadas em 23/12/2023 e 26/12/2023, que apontam descontos, sem consentimento, nos benefícios de aposentados do INSS, que teriam sido realizados pela Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec)”.
17 imagens
1 de 17
Polícia Federal deflagrou operação por fraudes no INSS
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
2 de 17
A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão no prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Brasília, na manhã desta quarta-feira (23/4)
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
3 de 17
No total, estão sendo cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e outros 6 de prisão, além de ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
4 de 17
Os mandados são cumpridos por cerca 700 policiais e 80 servidores da CGU no Distrito Federal
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
5 de 17
A investigação tem como alvos pessoas ligadas a entidades, operadores e servidores públicos investigados por cobranças indevidas
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
6 de 17
As entidades teriam feito cobranças que alcançaram R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024, segundo a PF
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
7 de 17
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, iva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
8 de 17
Segundo a PF, o objetivo é “combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões”
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
9 de 17
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, iva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
10 de 17
Foto da operação da PF, com a CGU, contra descontos irregulares no INSS
MICHAEL MELO/METRÓPOLES
11 de 17
Como mostrou o Metrópoles em uma série de reportagens, essas entidades tinham convênio com o INSS para sobrar mensalidade associativas de aposentados
MICHAEL MELO/METRÓPOLES @michaelmelo
12 de 17
A investigação tem como alvos pessoas ligadas a entidades, operadores e servidores públicos investigados por cobranças indevidas
MICHAEL MELO/METRÓPOLES @michaelmelo
13 de 17
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, iva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais
MICHAEL MELO/METRÓPOLES @michaelmelo
14 de 17
As entidades teriam feito cobranças que alcançaram R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024, segundo a PF
MICHAEL MELO/METRÓPOLES @michaelmelo
15 de 17
O argumento da cobrança era sobre vantagens em serviços como plano de saúde, seguro e auxílio-funeral
MICHAEL MELO/METRÓPOLES @michaelmelo
16 de 17
Esse tipo de cobrança irregular se iniciou no governo de Jair Bolsonaro (PL), com a autorização de vários convênios com entidades, e perdurou no início do governo Lula (PT)
MICHAEL MELO/METRÓPOLES @michaelmelo
17 de 17
A sede do INSS em Brasília e servidores da atual direção são alvo da operação. Também são cumpridos ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e o afastamento de seis servidores
MICHAEL MELO/METRÓPOLES @michaelmelo
Na ocasião, o Metrópoles mostrou que essa entidade, uma das 11 que estão sob investigação da PF, era acusada de aplicar descontos de mensalidade associativa sem autorização de aposentados, que acionaram a Justiça para tentar reaver o dinheiro.
Em março do ano seguinte, em nova reportagem, o Metrópoles revelou que 29 entidades autorizadas pelo INSS a cobrar mensalidades tiveram um salto de 300% no faturamento com a cobrança no período de um ano, somando R$ 2,1 bilhões, enquanto respondiam a mais de 60 mil processos judiciais por descontos indevidos.
Nesta quarta, centenas de policiais cumpriram mais de 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão em 13 estados e no Distrito Federal. Mais de R$ 1 bilhão em bens foram bloqueados, se seis servidores foram afastados, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.