Vídeo: DJ é cercado e agredido por seguranças de UPA na zona sul de SP
Lucas Lisboa afirma ter sido agredido ao pedir para ser transferido de UPA no Campo Limpo. Vídeo compartilhado nas redes flagra agressões
atualizado
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São Paulo — Um paciente foi agredido por seguranças na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. Lucas Lisboa, de 23 anos, compartilhou um vídeo nas redes sociais na última quarta-feira (19/3) sobre o ocorrido. Segundo o jovem, ele sofreu as agressões após pedir para ser transferido para outra unidade de saúde.
De acordo com o rapaz, que se apresenta como DJ nas redes sociais, ele foi transferido de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para a UPA em uma ambulância enquanto estava inconsciente. Quando chegou ao local, pediu aos atendentes para ser liberado sem atendimento médico para buscar assistência em um local aceito pelo seu convênio.
“Eu estava ao lado do balcão das fichas pedindo para que pudesse ser transferido e, nesse momento, um dos tais [seguranças] veio usando a força, sendo que não houve agressão nenhuma da minha parte”, escreveu Lucas no seu perfil no Instagram. “Eu fui covardemente agredido!”
No vídeo, Lucas é cercado por três agentes de segurança da unidade, que o chutam enquanto ele está no chão. Em um determinado momento, um outro agente fala à pessoa que grava o vídeo que “Eles agrediram primeiro”. O jovem nega a acusação. “Eu não agredi ninguém, apenas tirei a mão de um deles da gola da minha camisa, que por sinal está toda rasgada.”
Veja:
Lucas afirmou que foi “obrigado” a ficar na UPA e aguardar, mesmo com “dores, cansado e estressado”. “Houve um momento em que eu cheguei a perguntar quanto tempo levaria até o atendimento e ser liberado pois eu realmente precisava ir a um local com atendimento digno, e foi aí que fui retirado do local e fui agredido covardemente sem condições nenhuma para me defender.”
“Não pude nem me defender pois estava sem condições físicas para isso! Ninguém merece ar pelo que ei, ainda mais uma pessoa que só está atrás de seus direitos! Não quero mídia, apenas justiça e que todas as medidas sejam tomadas da melhor maneira possível!”, pediu.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que “não compactua com qualquer tipo de violência e lamenta o ocorrido” e que “está tomando todas as medidas istrativas cabíveis”.