Obras sacras furtadas de igrejas são recuperadas pela polícia em SP
O suspeito de comandar o esquema de furtos é um decorador que prestava serviços para igrejas. As obras foram apreendidas pela polícia
atualizado
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São Paulo — Uma operação da Polícia Civil deflagrada nesta quarta-feira (9/4) apreendeu diversas obras de arte religiosas furtadas de igrejas da capital, região metropolitana e interior de São Paulo, em uma chácara na cidade de Cotia. Um homem que atua na reforma e construção de altares é suspeito de envolvimento em um esquema de receptação de peças de arte sacra. A ação é um desdobramento da operação realizada em 26 de fevereiro, quando os investigadores localizaram peças semelhantes no apartamento do suspeito no bairro de Higienópolis, no centro.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito de comandar o esquema de furtos é um decorador que prestava serviços para igrejas em São Paulo. Em fevereiro deste ano, o homem foi acusado de furtar a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, na região da Sé, no centro da capital. O designer chegou a ser ouvido pela polícia, mas negou as acusações e foi liberado.
As autoridades também foram até o apartamento do suspeito, localizado em Higienópolis, onde ele armazenava uma espécie de museu particular de arte sacra.
Apartamento-museu
No dia 26 de fevereiro deste ano, agentes do 1º Distrito Policial (Sé) cumpriram um mandado de busca e apreensão contra um esquema de receptação de peças de arte sacra em um apartamento em Higienópolis. No local, foram encontrados, três telas, cinco batinas, 17 castiçais, 20 imagens em cerâmica e 40 quadros — sendo alguns da família real brasileira. Imagens de santos, crucifixos e livros antigos também foram apreendidos.
O local foi descoberto após uma representante da igreja procurar o 1º DP para dizer que objetos litúrgicos tinham sido furtados. Nas câmeras de segurança, os policiais flagraram um homem carregando objetos religiosos até o porta-malas de um carro.
Na ocasião, o decorador disse à polícia que parte dos objetos encontrados no apartamento era de uma herança, e que a outra parte ele comprou numa feira de antiguidades. Ele foi liberado enquanto a polícia prossegue com as investigações.
