“Ataque covarde”, diz MinC sobre agressão contra Marcelo Rubens Paiva
Marcelo Rubens Paiva atuava como porta-estandarte do Baixo Augusta quando foi agredido. Ministério da Cultura se solidarizou com o autor
atualizado
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São Paulo — O Ministério da Cultura (MinC) se pronunciou sobre a agressão sofrida por Marcelo Rubens Paiva, que atuava como porta-estandarte durante o desfile do Bloco Acadêmicos do Baixo Augusta na tarde desse domingo (23/2), no centro de São Paulo.
O autor do livro Ainda Estou Aqui, que inspirou o filme homônimo que concorre a três estatuetas no Oscar, foi atingido no rosto por uma mochila (veja abaixo). Antes disso, uma lata de cerveja foi arremessada em direção a ele.
Mais tarde, um homem mostrou o dedo do meio para o escritor, que avançou com a cadeira de rodas para cima das grades. Diversos seguranças tiveram de conter a confusão.
Veja:
Em publicação no Instagram, o MinC se solidarizou com Marcelo Rubens Paiva. “O autor […] foi alvo de um ataque covarde […] Além de injustificada, a agressão se deu em meio aos já tradicionais festejos de blocos carnavalescos – comemoração que ganha cada vez mais força em todo o país, sobretudo na capital paulista. O objetivo do Carnaval é a diversão, o respeito mútuo e a ocupação da cidade de forma gratuita e ível”, disseram.
No texto, a ministra Margareth Menezes lamentou o ocorrido. “É triste receber a notícia que Marcelo, usando uma máscara da atriz Fernanda Torres, e durante os vários motivos que temos para comemorar sua vida, resistência e obra, tenha sido alvo dessa situação. Nós, do Ministério da Cultura, repudiamos todo e qualquer ato de violência e nos solidarizamos com esse grande nome da nossa história e cultura. Seguir no festejo, só mostra sua grandeza e força”, falou.
“O MinC espera que esse triste episódio seja um caso isolado e que todas as pessoas sejam capazes de aproveitar essa festa de todos e para todos com alegria e respeito”, finalizou a nota.
Veja a postagem com o posicionamento do MinC:
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O Metrópoles procurou a Secretaria da Segurança Pública para saber se foi preenchido boletim de ocorrência da agressão, mas não foi localizado registro. Mesmo assim, segundo a pasta, a autoridade policial está analisando as imagens para identificar o autor da agressão.