Em live com Bolsonaro, Tarcísio ataca Lula: “Dor de cotovelo”. Vídeo
Em entrevista a podcast, Bolsonaro e Tarcísio discutem legitimidade das denúncias da PGR contra ex-presidente e rumos para eleições de 2026
atualizado
Compartilhar notícia

São Paulo — Tarcisio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, disse em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., nesta segunda (24/3), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem “dor de cotovelo”. A declaração foi feita após Jair Bolsonaro (PL) afirmar que o atual mandatário fala seu nome publicamente “todos os dias”.
Veja o momento das declarações:
“O Lula não tá recém-casado? Eu acho que, em vez de ele falar para a Janja, quando vai dormir, ‘eu te amo’, ele deve falar ‘Bolsonaro’”, disse o ex-presidente, em seguida.
Os dois foram convidados para participar do programa juntos para falar sobre as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e o futuro deles para 2026.
Tarcísio reforçou apoio a Bolsonaro
O governador de SP aproveitou a ocasião para reforçar o apoio político ao ex-presidente. Tarcísio disse que tem “uma tranquilidade absoluta de defender o Bolsonaro”.
Sobre as eleições de 2026, ele disse que “não é justo” tirar o ex-mandatário da disputa. Bolsonaro está inelegível desde 2023 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele só deve poder voltar a se candidatar a uma eleição a partir de 2031.
Apesar disso, segundo Tarcísio, não há dúvidas de que Bolsonaro conquiste o próximo pleito, levando votos até mesmo de eleitores de Lula, que estariam “desencantados”.
“Não tem agem de bastão nenhuma”, disse o governador, afastando a hipótese de ser candidato à Presidência da República, em 2026. “Eu vou ser candidato à reeleição em São Paulo.”
STF decidirá se Bolsonaro é réu
A entrevista ao Inteligência LTDA ocorre na véspera do julgamento do STF que decide se Bolsonaro será réu no processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado.
Até a próxima quarta-feira (26/3), os ministros da Primeira Turma da Corte se debruçarão sobre a denúncia apresentada pela PGR em um julgamento que pode tornar Bolsonaro e mais sete aliados réus por uma suposta trama golpista para anular as eleições de 2022.
Os crimes imputados ao ex-presidente e aos outros denunciados são:
- organização criminosa armada;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado; - dano contra o patrimônio da União; e
- deterioração de patrimônio tombado.
Após ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, liberar o processo e solicitar sua inclusão em pauta para julgamento presencial, o ministro Cristiano Zanin designou três sessões para a apreciação da denúncia contra o chamado Núcleo 1 de acusados. Duas nesta terça, às 9h30 e às 14h, e a terceira nesta quarta, às 9h30.
O chamado Núcleo 1 do processo sobre a trama golpista inclui:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil;
- Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- General Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;
- Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Na Primeira Turma, os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino vão analisar se aceitam ou não as acusações contra o Núcleo 1, é considerado como “central” da possível organização criminosa.