Justiça penhora 18 imóveis de Paulo Maluf por condenação de R$ 417 mi
Ex-prefeito de São Paulo foi condenado ainda em 1994 por uso de dinheiro público para promoção pessoal. O valor foi corrigido com juros
atualizado
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São Paulo — O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou penhora de 18 imóveis do ex-prefeito Paulo Maluf. O objetivo é pagar uma condenação por uso de dinheiro público para divulgação pessoal.
Após processo aberto pelo então vereador Maurício Faria (PT), em 1993, a condenação da primeira instância foi proferida em 1994. A decisão atual é do juiz Fausto José Martins Seabra, da 3ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, mas ainda cabe recurso.
Atualizado com juros e correção monetária, o valor da ação chega a R$ 417.103.110,96. Entre os bens penhorados, está uma mansão de mais de mil metros quadrados na praia da Enseada, no Guarujá, litoral sul. A casa é avaliada em mais de R$ 2,7 milhões.
Entenda
No segundo mandato como prefeito de São Paulo, em 1993, Maluf usou um trevo de quatro folhas em formato de corações como identidade visual da gestão. O símbolo também apareceu na campanha eleitoral do político. A Justiça considerou que houve uma tentativa de promoção em benefício próprio.
Procurado pelo Metrópoles, via assessoria de imprensa, Maluf não se manifestou até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.