Justiça manda polícia ouvir moradores sobre explosão de arsenal em SP
Justiça determinou que Polícia Civil escute pessoas que foram levadas a hospital devido a explosão em casa de coronel em fevereiro de 2024
atualizado
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São Paulo — A Justiça acatou a um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e determinou, nessa quarta-feira (22/1), que a Polícia Civil de São Paulo complete as investigações sobre a explosão no apartamento do coronel reformado Virgílio Parra Dias, onde estavam armazenadas mais de 100 armas de fogo.
A Justiça deu 60 dias para que a polícia escute ao menos cinco moradores do prédio onde aconteceu o incidente, ocorrido em fevereiro de 2024 em Campinas. No total, 44 pessoas precisaram ser resgatadas e levadas para o hospital após as explosões.
Esse já é o segundo pedido emitido pela Justiça para que a Polícia Civil aprofunde as investigações sobre o caso. Em novembro de 2024, uma decisão do juiz Abelardo de Azevedo Silveira, relator do caso, determinou que os autos do processo retornassem ao Departamento de Polícia Legislativa para que fossem completas as investigações.
Relembre o caso
- Em 24 de fevereiro de 2024, um incêndio destruiu o apartamento do coronel da reserva do Exército, Virgílio Parra Dias, de 69 anos, em Campinas;
- No imóvel, que estava desocupado, a polícia encontrou mais de 100 armas de fogo, além de munições e uma granada;
- Graças ao arsenal, o incêndio provocou explosões em série, com a detonação de uma granada;
- No total, 44 pessoas foram tiveram de ser resgatadas, 11 delas por rapel;
- Virgílio Parra Dias possuía registro válido como atirador, caçador e colecionador (CAC);
Duas granadas precisaram ser retiradas do local pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar; - Parra Dias ficou desaparecido por um dia depois da explosão, mas foi encontrado ferido com um canivete em uma praça de Campinas após uma suposta tentativa de suicídio;
- Em outubro de 2024, ele foi indiciado pela explosão e po posse ilegal de armas.
Em nota ao Metrópoles sobre o pedido da Justiça paulista, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “a Polícia Civil, por meio do 1º DP de Campinas, instaurou inquérito policial a pedido do Ministério Público. A autoridade policial realiza diligências e oitivas dos moradores do prédio visando o devido esclarecimento dos fatos”.