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Diretor do Deic afastado por Tarcísio se diz injustiçado: “Estou puto”

Delegado Fabio Pinheiro Lopes se defende de afastamento após ter nome citado na deleção de Gritzbach sobre envolvimento com PCC. “Injustiça”

atualizado

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Renan Porto/Metrópoles
Fabio Caipira
1 de 1 Fabio Caipira - Foto: Renan Porto/Metrópoles

São Paulo — O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Fabio Pinheiro Lopes, conhecido como Fabio Caipira, disse nesta sexta-feira (20/12) que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu pelo afastamento dele por estar “incomodado” com a pressão sobre a Polícia Militar em relação a episódios de violência e a prisão de policiais civis na última terça-feira (17/12).

O afastamento, que deve ocorrer em 3 de janeiro, quando Fabio Caipira voltar de férias, foi definido com base na delação de Vinícius Gritzbach ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). No depoimento, ele disse que o advogado Ramsés Benjamin, que se apresentou como uma pessoa próxima ao diretor do Deic, teria cobrado R$ 5 milhões para livrá-lo da investigação sobre a morte de Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em entrevista coletiva, Caipira disse que conversou com o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, após a decisão do afastamento. Segundo o diretor do Deic, Derrite sabe que ele é inocente.

“O Derrite sabe que eu não estou envolvido no caso. O secretário disse que isso era a maior absurdo, maior injustiça do mundo, mas o governador, por cautela, parece que também iria afastar a corregedora, achou melhor afastar junto. Só que eu tenho uma história, eu tenho família. O cara vai me jogar num negócio desse? Eu não culpo o governador. Mas, infelizmente, um absurdo acabou virando notícia. […] Estou puto, me sentindo injustiçado”, afirmou Caipira na Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.

“Infelizmente isso tomou um vulto pela imprensa. O governador tem a postura dele de governo. Ele está incomodado pelos fatos recentes que aconteceram com a PM, com a operação da Polícia Federal. Ele achou por bem que eu fosse afastado”, acrescentou.

Na manhã desta sexta, Derrite convocou uma reunião de emergência para se inteirar sobre as acusações envolvendo delegados no âmbito das investigações sobre Vinícius Gritzbach.

Durante a tarde, o secretário deve ter uma reunião no Deic. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ainda não se manifestou sobre a ocorrência porque prefere esperar o resultado das reuniões de Derrite, segundo pessoas próximas.

Encontro com advogado

Fabio Caipira afirmou na coletiva que esteve em uma única oportunidade com o advogado Ramsés Benjamin, em abril de 2022. Segundo ele, no entanto, “não teve conversa”.

O encontro, que teria durado poucos minutos, ocorreu após o deputado Delegado Olim (Progressistas) procurar Caipira em 28 de abril. No dia seguinte, Ramsés foi recebido pelo diretor do Deic e pelo delegado que presidia o inquérito sobre lavagem de dinheiro, Rafael Cocito.

“Eu atendi ele no Deic no dia 29. Chegou na minha sala e falou assim: ‘Quero falar com o senhor a respeito do Vinícius’. Eu chamei o delegado do caso e falei isso para ele. Ele perguntou: ‘Você tem procuração?’. Ele disse que não. Então o delegado pôs ele para andar”, disse.

Segundo o diretor do Deic, Ramsés ainda teria procurado Caipira em pelo menos três oportunidades entre 2022 e 2023, mas não foi recebido. Ele também teria ido ao Deic como advogado de Douglas Relva, primo de Gritzbach.

Gritzbach enganado

Fabio Caipira disse acreditar que Vinícius Gritzbach tenha sido enganado pelo advogado Ramsés Benjamin. O diretor do Deic prometeu mover uma ação por calúnia contra ele.

“Tanto eu quanto o doutor Olim vamos entrar com uma medida criminal por calúnia. Olha a encruzilhada que isso aqui fica: quem falou morreu. E se o advogado chegar e falar ‘nunca falei isso’? E os imóveis? ‘Ah, comprei de honorário’. É um absurdo, não se sustenta”, afirmou.

“Aí tem duas histórias. Ou o Vinícius inventou, se aproveitando do advogado que era do primo dele. ‘Ah vou dar uma engrossada no caldo da delação’. Ou realmente foi enganado por esse advogado. Se você me perguntar, eu acho que ele foi enganado, até pelo histórico do advogado. Aqui tem vários BOs contra ele por isso.”

Segundo Caipira, Ramsés chegou a ser preso por violência doméstica.

Sair do Deic

O diretor do Deic afirmou que, diante da repercussão negativa do caso, vai reavaliar se pretende continuar no comando do departamento quando retomar suas funções. “O que eu estou ando com a minha família não sei se compensa”.

R$ 5 milhões

De acordo com a delação de Vinícius Gritzbach, o advogado Ramsés Benjamin Samuel Costa Gonçalves teria se apresentado como uma pessoa com interlocução com o chefe do Deic e dito que, se ele efetuasse o pagamento de R$ 5 milhões em propina, o aporte dele seria devolvido. O delator teria transferido o valor por meio de dois apartamentos e mais R$ 300 mil em transferências.

Para convencer Gritzbach da relação com Caipira, o advogado teria enviado uma foto em frente ao Deic dizendo que teria ido até o local para entregar a propina.

O advogado ainda teria mencionado deputados estaduais. Entre eles, o delegado Olim (Progressistas) e Carlão Pignatari (PSDB), então presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Por algum motivo, Fabio Caipira e os parlamentares não foram mencionados no depoimento de Gritzbach à Corregedoria da Polícia Civil, em 31 de outubro, oito dias antes de ele ser morte.

Para a força-tarefa que investiga o assassinato, o delator teria sido enganado pelo advogado. A suspeita é que o advogado não tivesse relação com Caipira e fez a promessa apenas para extorquir Gritzbach.

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