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Comerciantes do Bom Retiro temem “chegada” da Cracolândia

Comerciantes e moradores de Centro de Acolhida da região temem que segurança seja prejudicada por chegada de habitantes da Cracolândia

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Foto colorida mostra área interna do Complexo Prates
1 de 1 Foto colorida mostra área interna do Complexo Prates - Foto: Renan Porto/Metrópoles

São Paulo – Moradores e comerciantes do bairro do Bom Retiro, região central de São Paulo, estão apreensivos após o governador da cidade, Tarcísio de Freitas, dizer que pretende transferir para a região os usuários de drogas concentrados na Cracolândia. O temor é de que a medida ameace a segurança do bairro.

A ideia, segundo Tarcísio, é realocar os dependentes químicos em uma área em frente ao Complexo Prates, espaço da prefeitura que presta apoio a moradores de rua e dependentes químicos. O governador não deu detalhes de como e quando pretende fazer isso.

“Se eles realmente fizerem isso, vai afetar toda a nossa segurança. O pessoal vai ficar com medo de vir aqui. Não só aqui, mas em restaurantes e cafés”, afirmou José Íris, responsável pela segurança de uma igreja da região.

Na noite do último dia 8, a Prefeitura de São Paulo, com auxílio da GCM, da Polícia Civil e da Polícia Militar, conduziu os moradores da Cracolândia para debaixo da Ponte Orestes Quércia, também no Bom Retiro. Poucas horas depois, eles retornaram ao centro da cidade. O local fica a uma distância de cerca de 1 km do Complexo Prates.

Segundo Jorge Íris, frequentadores da igreja ficaram com medo. “Na hora que a gente soube, avisou todos os frequentadores da igreja pelo grupo no WhatsApp para ninguém sair de casa.”

Marcos Roberto Souza, funcionário de um estacionamento, afirma que o número de usuários de drogas na região tem crescido nos últimos meses.

“Já tem um povo migrando para cá faz um tempo. É horrível. Se deixar carro na rua, direto os caras levam bateria, som do carro. Sorte se a pessoa ainda achar o carro. Quando trouxerem esse povo para cá de uma vez, aí é que ferrou”, diz ele.

“Acho que isso não vai acabar nunca. Se tiver quem abasteça, eles ficam em qualquer lugar”, diz.

Funcionários do Complexo não sabem o que vai acontecer

O Complexo Prates concentra um Centro de Acolhida, um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps) e uma unidade da Assistência Médica Ambulatorial (AMA). O espaço está localizado na Rua Prates, uma rua sem saída próximo à Avenida do Estado e à Marginal Tietê.

O espaço foi criado pela Prefeitura de São Paulo. O Caps e a AMA são geridos pela Organização Social Associação Filantrópica Nova Esperança (Afne).

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Funcionários ouvidos pelo Metrópoles dizem que souberam por meio da imprensa da pretensão do governo estadual de levar os dependentes químicos da Cracolândia para o local. “É novo para nós também. Não sabemos como isso vai funcionar”, disse um funcionário.

De acordo com a Afne, 1.753 dependentes químicos são atendidos hoje no Complexo Prates. Em junho, 330 deles estiveram no local.

O Metrópoles questionou a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Assistência Social sobre o número de vagas no local e aguarda retorno. As pastas disseram que não vão divulgar um posicionamento sobre a sinalização do governo estadual.

Dependentes químicos temem “tentação”

Selma Barbosa, de 38 anos, usuária de drogas desde os 13, mora no Centro de Acolhida do Complexo Prates e tenta se livrar do vício de k2, substância feita de canabinoide sintético. A mulher afirma que trazer os dependentes químicos da Cracolândia para o local vai criar um ambiente prejudicial para quem luta contra as drogas.

“A gente precisa de ajuda. Ontem eu acordei chorando de abstinência. Isso aí vai acabar com o Caps. Hoje, a galera quer parar, mas vê aquele fluxo e não consegue. Se a Cracolândia vier, vai acabar com a gente”, diz ela. “Aqui eles vão achar um amor de lugar.”

Carlos Alberto Ribeiro, de 51 anos, é usuário de drogas desde os 29. Ele afirma que a medida do governo do estado pode tornar a convivência impossível.

“Para onde você olha tem alguém bebendo. Quando cai o auxílio, o pessoal fica louco. Morreu um na semana ada. Aqui isso é normal. Ele misturou cachaça com remédio, caiu no chão e morreu.”

“Vida regrada”

Jorge Bernardo, usuário de cocaína há 20 anos, diz não acreditar que os dependentes químicos da Cracolândia se adequariam às regras estabelecidas pelo Centro de Acolhida.

“Eles não ficam. Aqui tem regra. O que eles querem é bagunça, chegar doidão de madrugada”, diz ele.

“A região deles é aquela lá. A turma não vem”, diz Marcos Silva, outro morador do Centro de Acolhida.

“Eles dizem que tentam desmantelar a Cracolândia há muitos anos. Mas eles voltam. Tem muito político e policial envolvido”, afirma.

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