Chikungunya: SP registra primeira morte pela doença no estado em 2025

São Paulo — O estado de São Paulo registrou a primeira morte por chikungunya em 2025. A vítima era um homem de 60 anos e morava em Tupã, no interior paulista. Segundo a prefeitura local, o homem apresentava sintomas desde o dia 3 de janeiro, e morreu no dia 11 do mesmo mês.

A morte era investigada pelo Portal de Arboviroses Urbanas da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Após a confirmação, a prefeitura de Tupã ou a buscar e eliminar criadouros em áreas de abandono do município.

O que é a chikungunya

A chikungunya é uma arbovirose marcada por febre de início súbito, geralmente acima de 38,5ºC, dores intensas nas articulações e manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), no Brasil, a doença é transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti — mesmo vetor da dengue.

Com origem na língua makonde, o nome da doença significa “aquele que se dobra” em referência à postura encolhida assumida pelas pessoas afetadas.

O vírus foi detectado pela primeira vez no país durante o segundo semestre de 2014, nos estados do Amapá e Bahia. Hoje, todos os estados registram transmissão da doença.

Sintomas

Conforme a SES, todo indivíduo que apresentar dois dos seguintes sintomas devem procurar imediatamente avaliação médica:

• Febre;
• Dores intensas nas articulações;
• Edema nas articulações (geralmente as mesmas afetadas pela dor intensa);
• Dor nas costas;
• Dores musculares;
• Manchas vermelhas pelo corpo;
• Prurido (coceira) na pele, que pode ser generalizada, ou localizada apenas nas palmas das mãos e plantas dos pés;
• Dor de cabeça;
• Dor atrás dos olhos;
• Conjuntivite não-purulenta;
• Náuseas e vômitos;
• Dor de garganta;
• Calafrios;
• Diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento e assistência de forma integral e gratuita ao público.

Tratamento

O tratamento contra o vírus é feito de acordo com os sintomas, porém ainda não há tratamento antiviral específico para a doença. A terapia utilizada é à base de remédios e e médico.

O Ministério da Saúde orienta a hidratação oral dos pacientes e recomenda pronta avaliação do quadro clínico em uma unidade de saúde. Em casos de comprometimento musculoesquelético importante, pode ser recomendada a fisioterapia.

Além disso, o órgão contraindica a automedicação, que pode mascarar os sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente.

O que diz a Secretaria da Saúde

Em nota, a secretaria da saúde do estado afirmou que monitora, de forma contínua, o cenário das arboviroses no estado.

“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) monitora, de forma contínua, o cenário da dengue e outras arboviroses, como a chikungunya, no estado, considerando indicadores importantes para a avaliação do comportamento da epidemia. Os resultados são atualizados diariamente e disponibilizados por meio de boletins e painéis informativos”.

Além disso, a pasta lançou o Plano de Contingência das Arboviroses Urbanas 2025/2026 no último dia 15 de janeiro, com estratégias, ações e recomendações de combate à dengue, chikungunya e zika.