Advogado de PMs suspeitos de matar Gritzbach diz ter sofrido atentado
Carro do advogado de PMs acusados de executarem Vinícus Gritzbach foi alvo de tiros em Sorocaba. Ele afirmou ter ficado “bastante machucado”
atualizado
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São Paulo — O advogado Mauro Ribas, que defende três policiais militares investigados por envolvimento no assassinato do delator do PCC Vinícus Gritzbach, diz ter sido alvo de um atentado a tiros na tarde deste sábado (1º), em Sorocaba, interior de São Paulo.
A polícia investiga o episódio. A defesa do advogado, além da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), afirmam que ainda não é possível estabelecer uma relação entre os casos.
Ribas, de 38 anos, relatou à polícia que conduzia seu veículo na Rua Projetada 1, no bairro Quintais do Imperador, quando foi alvo de disparos de armas de fogo e ficou ferido no rosto por conta dos estilhaços do vidro. Após o atentado, ele recebeu atendimento médico, foi medicado e liberado.
Em conversa com o Metrópoles neste domingo (2/2), o advogado disse que ficou “bem machucado” e que está “atordoado” com a situação.
“Fazem quase 10 anos que eu defendo policiais militares no júri. Já peguei diversos casos em que as vítimas eram integrantes do PCC, da alta cúpula, parentes da facção, e nunca aconteceu nada do gênero antes”, disse Mauro Ribas ao Metrópoles.
Mauro Ribas defende três policiais militares acusados de participar da execução de Gritzbach: o soldado Ruan Silva Rodrigues e o cabo Dênis Antônio Martins, suspeitos de serem os atiradores que mataram o delator do PCC, e o tenente Fernando Genauro da Silva, acusado de dirigir o carro utilizado no crime.
Relação com o caso Gritzbach
Mauro Ribas diz não ter elementos para afirmar que o tiroteio tenha relação com os últimos desdobramentos do caso Gritzbach e com a sua atuação na defesa dos três policiais militares.
Ele diz que irá esperar as investigações e que, dado o seu histórico de atuação, há a possibilidade de o tiroteio ser uma represália a outros casos ou até ao período em que atuou como policial. O advogado é ex-tenente da Polícia Militar e foi comandante de Força Tática.
A Ordem dos Advogados de São Paulo (OAB-SP) se manifestou publicamente sobre o caso, repudiando os ataques sofridos pelo advogado. Na nota, a entidade afirmou que “acompanhará de perto todas as investigações para que os responsáveis sejam identificados e devidamente responsabilizados, cobrando das autoridades competentes a máxima urgência e rigor na apuração deste crime”.
Em nota ao Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública informou que a a Delegacia de Homicídios da Deic de Sorocaba investiga o caso.