Efeito Trump: bolsas da Ásia derretem com novas ameaças de “tarifaço”
Os principais índices das bolsas de valores da Ásia desabaram. Na véspera, Trump confirmou novas tarifas para China, México e Canadá
atualizado
Compartilhar notícia

Os principais índices das bolsas de valores da Ásia desabaram nesta sexta-feira (28/2), um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmar que colocará em práticas as novas tarifas comerciais sobre México, Canadá e China a partir da próxima semana.
O que aconteceu
- O índice Kospi, da Coreia do Sul, liderou as perdas e fechou o dia em queda de 3,4%, aos 2,5 mil pontos.
- Em Hong Kong, o Hang Seng afundou 3,3%, aos 22,9 mil pontos, enquanto o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em baixa de 2,9%, aos 31,1 mil pontos.
- Em Taiwan, o índice Taiex registrou perdas de 1,5%, aos 23 mil pontos.
- No mercado da China, um dos principais alvos do “tarifaço” de Trump, o Xangai Composto caiu 1,98%, aos 3,3 mil pontos.
- Já o Shenzhen Composto, menos abrangente, tombou 3,2%, aos 2 mil pontos.
“Tarifaço” confirmado
Na quinta-feira (27/2), Donald Trump afirmou que o aumento das tarifas sobre produtos importados de Canadá, México e China entra em vigor a partir de 4 de março.
No caso de itens canadenses (exceto os ligados à energia) e mexicanos, a sobretaxa é de 25%. Para os artigos chineses, foi fixado o valor de 10%.
No início de fevereiro, Trump havia adiado a cobrança das taxas, depois que Canadá e México anunciaram medidas de segurança para conter o tráfico de drogas nas fronteiras do país. Na ocasião, por causa da suspensão temporária, o mercado ficou em dúvida se as medidas seriam, de fato, implementadas.
Agora, o republicano voltou à carga, especificando a nova data para a aplicação das sobretaxas. Para isso, e em relação ao México e ao Canadá, o presidente dos EUA alegou que as drogas continuam chegando “em níveis muito altos e inaceitáveis” por meio dos países vizinhos.
No caso da China, o problema está relacionado à guerra comercial entre os dois países. Além da taxa adicional de 10%, Trump acrescentou que seu plano de tarifas recíprocas continuará conforme o previsto, com data marcada para 2 de abril.