Dólar cai a R$ 5,81, com sinais de desaquecimento da economia
Moeda americana abriu em alta de 0,25%, mas tendência mudou a partir das 10h30. Recuo chegou a 0,67% por volta das 11 horas
atualizado
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O dólar abriu em leve alta de 0,25%, a R$ 5,86, às 9 horas desta sexta-feira (31/1). Pouco depois, porém, a tendência mudou. Às 11 horas, a moeda americana já apresentava queda acentuada de 0,67%, cotado a R$ 5,81. Na véspera, ela fechou em baixa de 0,24%, a R$ 5,85. Com o resultado, acumulou desvalorização frente ao real de 1,12% na semana e de 5,31% no mês.
A expectativa é de forte oscilação do dólar nesta sexta-feira. Isso porque, nos últimos dias do mês, o mercado de câmbio trava o que os analistas chamam de a “guerra da Ptax”.
A Ptax é uma média do preço do dólar em relação ao real, calculada pelo Banco Central. Ela serve de referência para contratos de câmbio. No fim do mês, empresas e investidores tentam influenciar o preço da moeda americana para que a média lhes seja favorável. Com isso, esses grupos vendem ou compram grandes quantidades de dólar para puxar o preço para cima ou para baixo, afetando a média final.
Os juros futuros, por sua vez, iniciaram o pregão em queda, seguindo o movimento da sessão da véspera. O recuo do indicador reflete sinais de desaquecimento da economia. Nesta sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o desemprego aumentou para 6,2% no quarto trimestre de 2024, acima da projeção de 6%.
À medida que a atividade econômica perde tração, aumenta a percepção no mercado de que a taxa básica de juros do país, a Selic, pode não subir tanto nos próximos meses. Na quarta-feira (29/1), o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central aumentou a Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano. O órgão já definiu que, mantido o atual cenário, uma nova elevação do mesmo nível ocorrerá em março.