Banco Central da China corta taxa de juros de referência de 1 ano
Foi a segunda redução na taxa em dois meses. O BC da China, entretanto, surpreendeu ao manter inalterada a taxa para empréstimos de 5 anos
atualizado
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O Banco do Povo da China (PBoC, o Banco Central chinês) reduziu a taxa de juros de referência para empréstimos de 1 ano, de 3,55% para 3,45%, de acordo com comunicado divulgado pela autoridade monetária nesta segunda-feira (21/8).
Foi a segunda redução feita pelo BC da China na taxa de 1 ano em dois meses. Em junho, a instituição havia reduzido os juros de 3,65% para 3,55%. Em julho, o patamar foi mantido.
O BC chinês surpreendeu e manteve a taxa para empréstimos de 5 anos em 4,2%. Trata-se da taxa de referência para os custos do mercado imobiliário, que enfrenta uma nova crise.
Na semana ada, a autoridade monetária da China havia reduzido outras taxas de juros, o que foi interpretado pelo mercado como uma tentativa de reaquecer a economia do gigante asiático.
Reportagem publicada pelo Metrópoles mostrou que os dados mais fracos da segunda maior economia do mundo acenderam um alerta no planeta.
Quando a China anunciou o fim gradual de sua política de Covid zero, que fez o país ter quarentenas severas por três anos, a expectativa era que a economia decolaria rapidamente. O governo definiu uma meta de crescimento de 5% para 2023 e o alvo chegou a ser visto como bastante moderado para os chineses.
Ainda que frentes como o setor de serviços tenham, de fato, se reerguido no começo do ano, a projeção é que a meta será atingida com mais dificuldade.
Reforma no mercado de capitais
Na sexta-feira (18/8), a reguladora dos mercados de valores mobiliários na China (CSRC) anunciou um pacote de reformas e de novas medidas ainda em estudo que visam a “aumentar a confiança dos investidores no mercado de capitais”.
A comissão disse que considera a ampliação no horário de negociação nos pregões e a redução nas taxas de transações. O regulador afirmou ainda que vai encorajar a recompra de ações, de modo a ajudar na estabilização dos preços dos papéis.
Os principais índices chineses acumulam queda de mais de 2% neste ano, andando de lado mesmo nos meses que deveriam ser de maior bonança do mercado, no primeiro trimestre.