Vaticano critica plano armamentista da Europa para frear Putin
Vaticano afirmou que a Europa não buscou iniciativas diplomáticas e só foi capaz de fornecer armas à Ucrânia
atualizado
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O Vaticano criticou os planos da Europa para rearmar o continente, assim como a atuação de países do continente durante os últimos três anos da guerra na Ucrânia. O posicionamento foi divulgado nesta quinta-feira (6/2).
No editorial do Estado chefiado pelo papa Francisco é dito que a Europa foi incapaz de buscar alternativas diplomáticas nos último e preferiu enviar armas para Kiev.
“A Europa, nos últimos três anos, infelizmente também se mostrou incapaz de iniciativas e criatividade diplomática. Ela só pareceu capaz de fornecer armas à Ucrânia, injustamente atacada pelas tropas russas, mas não de propor e buscar, ao mesmo tempo, caminhos concretos de negociação para pôr fim ao conflito sangrante”, disse um trecho do editorial publicado pelo Vaticano em seu site.
O posicionamento do Vaticano surge dias após a União Europeia (UE) anunciar um plano, na cifra dos 800 bilhões de euros, para reforçar e dar maior autonomia para a segurança da Europa.
Para o Estado comandado pelo líder da Igreja Católica, ao invés de investir em mais armas no plano chamado de ReArm Europe (Rearmar a Europa, em tradução livre), líderes do velho continente deviam falar em paz.
“O único plano real, o único apelo realista a ser lançado hoje, em vez de ‘ReArm Europe’, não deveria ser ‘Peace for Europa’ (Paz para a Europa)? Perguntamos isso fazendo nossas as palavras do papa que, do quarto do Hospital Gemelli, no domingo ado, disse: ‘Rezo acima de tudo pela paz. Daqui, a guerra parece ainda mais absurda'”, disse o trecho final do comunicado.
