Trump diz que Putin “brinca com fogo” e ameaça a Rússia
Em meio ao ime sobre o fim da guerra na Ucrânia, Trump disse que EUA têm impedido que coisas “realmente ruins” aconteçam com a Rússia
atualizado
Compartilhar notícia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Vladimir Putin está “brincando com fogo” e, em meio ao ime sobre o fim da guerra na Ucrânia, fez ameaças contra a Rússia. A declaração do líder norte-americano ocorreu nesta terça-feira (27/5) em uma publicação divulgada na rede social Truth.
Negociações de paz
- Apesar do avanço nas negociações de paz, impulsionadas pelo novo governo dos EUA, liderado por Donald Trump, as conversas entre Rússia e Ucrânia não tiveram resultados concretos até o momento.
- Na última delas, realizada na Turquia, a expectativa era de que Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky se reunissem pela primeira vez desde o início do conflito.
- Putin, contudo, recuou e decidiu não participar da rodada de negociações diretas, apesar de ter proposto o formato. Além disso, o governo da Rússia enviou uma delegação composta por membros do segundo escalão do Kremlin.
- O único resultado concreto das negociações na Turquia foi a troca 2 mil prisioneiros de guerra, no último dia 16 de maio.
“O que Vladimir Putin não percebe é que, se não fosse por mim, muitas coisas realmente ruins já teriam acontecido com a Rússia, e quero dizer, muito ruins”, escreveu Trump. “Ele [Putin] está brincando com fogo!”.
Mais cedo, o enviado especial de Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, revelou, à emissora norte-americana Fox News, que Kiev enviou os termos de um acordo de paz com Moscou para Washington. Informação posteriormente confirmada por Igor Brusilo, o vice-chefe de gabinete de Zelensky, durante entrevista a rede estatal ucraniana.
O futuro da guerra, porém, é incerto. Na esteira da ameaça de Trump, o governo da Ucrânia apontou desdobramentos na Europa como uma nova barreira nas negociações.
Na segunda-feira (26/5), o chanceler alemão, Friedrich Merz, anunciou que aliados europeus da Ucrânia decidiram liberar o uso das armas em ataques contra o território da Rússia. Além da Alemanha, Reino Unido e França deram sinal verde para a decisão.
Para o Kremlin, isso foi visto como contrário aos “tênues esforços de paz que acabaram de começar”, nas palavras do porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov.