Rússia reformula estratégia militar para “libertar” região separatista
Governo russo descreveu que ataques a outras cidades, incluindo a capital Kiev, fazem parte da estratégia para distrair o Exército ucraniano
atualizado
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Militares russos confirmaram que o Exército reorganizou a estratégia militar de ataques na Ucrânia para focar na região de Donbass, no leste do país, que é separatista pró-Rússia.
Nesta sexta-feira (25/3), em pronunciamento em Moscou, Sergei Rudskoy, um oficial de alto escalão do Exército russo, disse que a intenção da nova fase da ofensiva é “libertar” totalmente o leste.
Ele descreveu que os ataques a outras cidades, incluindo a capital Kiev, fazem parte de uma estratégia para distrair o Exército ucraniano.
Kherson
O Pentágono, órgão de defesa dos Estados Unidos, afirmou nesta sexta-feira (25/3) que o Exército russo perdeu o controle da cidade de Kherson – a primeira região tomada pelas tropas do presidente Vladimir Putin. A Rússia não comentou a afirmação.
Segundo o Pentágono, os ucranianos estão lutando para retomar a área geograficamente estratégica. As informações foram divulgadas por agências internacionais de notícias.
No começo do mês, tropas russas invadiram Kherson, no Mar Negro, no sul da Ucrânia. Eles tomaram o controle da estação ferroviária e do porto.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Biden na Polônia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso reflexivo aos soldados americanos que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na Polônia, o chefe da Casa Branca defendeu a democracia e condenou o que chamou de “massacre” na Ucrânia.
Nesta sexta-feira (25/3), Biden falou que o mundo vive uma luta entre a democracia e a autocracia. “Os autocratas não querem um consenso”, declarou.
O líder norte-americano ponderou que, daqui a 10 anos, “estaremos diferentes” e que devemos fazer uma escolha. “As democracias vão prevalecer ou as autocracias vão prevalecer?”, frisou.
Biden fez duras críticas ao conflito no Leste Europeu e reafirmou a necessidade de “liberdade”. “É um momento perigoso. Há pessoas sofrendo na Ucrânia”, concluiu.
O presidente demonstrou otimismo na resolução do conflito. “Vivemos um momento de virada”, resumiu.
A visita à Polônia ocorre após a participação do norte-americano na reunião emergencial da Otan na quinta-feira (24/3) — exatamente um mês após o início da invasão russa. Biden está em Rzeszow, cidade fronteiriça com a Ucrânia.