Rússia expulsa 45 diplomatas poloneses em represália
Eles deverão abandonar a Rússia antes de13 de abril. Anúncio é represália a uma medida semelhante decretada no fim de março pela Polônia
atualizado
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A Rússia anunciou a expulsão de 45 diplomatas poloneses em represália a uma medida semelhante decretada no fim de março pela Polônia. Eles deverão abandonar o país comandado por Vladimir Putin antes de 13 de abril.
“Devido ao princípio de reciprocidade, 45 colaboradores da embaixada da Polônia e de seus consulados gerais em Irkutsk, Kaliningrado e São Petersburgo foram declarados ‘persona non grata'”, declarou o Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado.
No final de março, a Polônia anunciou a expulsão de “45 espiões russos que se faziam ar por diplomatas”. A medida foi tomada após a invasão russa à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.
Essa medida demonstra uma “vontade consciente de Varsóvia de destruir definitivamente as relações bilaterais”, afirmou a diplomacia russa nesta sexta-feira.
Russos expulsos
Mais 170 diplomatas russos foram expulsos de cinco países europeus. Itália, Espanha, Suécia, Eslovênia e Dinamarca confirmaram as sanções diplomáticas na terça-feira (5/4).
As retaliações ocorrem após o mundo ficar assombrado com gravações divulgadas no domingo (3/4), onde é possível ver cenas fortes da tragédia na cidade de Bucha, próxima a Kiev.
A Itália dispensou 30 diplomatas; a Eslovênia, 33. A Espanha baniu 25 integrantes da diplomacia russa; a Dinamarca, 15. Os suíços dispersaram três diplomatas.
Na segunda-feira (4/4), o governo francês afugentou 35 diplomatas russos, e a Alemanha já havia anunciado que determinou a expulsão de 40.
A Lituânia seguiu os dois países e também expulsou o embaixador russo, e ainda chamou de volta o embaixador em Moscou.
Em gravações divulgadas nesse domingo, é possível ver cenas fortes da tragédia na cidade. As imagens mostram ao menos 20 cadáveres no chão e em valas comuns.
O episódio foi fortemente repudiado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que classificou o ataque como “genocídio”, e acusou a Rússia de crimes de guerra. O governo de Vladimir Putin nega.