Polícia prende suspeito de atacar rede de trens na abertura olímpica

O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, anunciou, nesta segunda-feira (29/7), a prisão de um ativista responsável de participar do ataque que interrompeu a circulação de trens de alta velocidade na França, na última sexta-feira (26/7), dia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

De acordo com Darmanin, o homem estaria ligado à extrema esquerda e foi preso em um “local ferroviário” em Oissel, no noroeste do país. O suspeito, aparentemente, tinha chaves de o às instalações técnicas da rede de trens sa, além de ferramentas e literatura de extrema esquerda.

Darmanin acrescentou que os métodos dos sabotadores tinham as marcas registradas de extremistas de esquerda. “Identificamos o perfil de várias pessoas. Esse é o tipo tradicional de ação da ultraesquerda”, informou o ministro à 2 TV.

No entanto, Darmanin advertiu que não se deve tirar conclusões precipitadas, porque os autores do crime podem ter sido manipulados.

Os trens de alta velocidade na França voltaram a operar normalmente nesta segunda (29/7), após as instalações terem sido incendiadas em diversas linhas, afetando mais de 800 mil pessoas.

Em resposta ao incidente, Darmanin destacou que 50 drones, 250 agentes de segurança ferroviária e 1 mil trabalhadores de manutenção foram destacados para reforçar a segurança ao longo da rede de trens de alta velocidade que compreende 28 mil quilômetros.

Sequência de ações

O ataque às linhas de trem se soma a uma série de ações coordenadas registradas durante os Jogos Olímpicos. O ministro afirmou que as autoridades também prenderam preventivamente 45 ativistas climáticos do grupo ambiental Extinction Rebellion neste final de semana. Segundo a polícia sa, o grupo planejava ocupar uma ponte sobre o rio Sena, em Paris, como forma de protesto.

Em outro incidente, a polícia disse que as redes de fibra óptica de várias operadoras de telecomunicações foram “sabotadas” em seis áreas da França na madrugada desta segunda-feira. No sul do país, por exemplo, os cabos que conectam a rede foram cortados. As empresas SFR e Bouygues Telecom foram as principais afetadas.