Maduro diz que Guiana deverá aceitar soberania venezuelana
Nicolás Maduro afirmou que o presidente da Guiana deverá “mais cedo ou mais tarde” aceitar a soberania da Venezula sobre região de Essequibo
atualizado
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Nicolás Maduro afirmou, neste domingo (25/5), que o presidente da Guiana, Irfaan Ali, deverá “mais cedo ou mais tarde” se sentar com ele para negociações e aceitar a soberania da Venezula sobre o território de Essequibo. A declaração foi dada a diversos jornalistas após o político participar das eleições regionais venezuelanas.
Pela primeira vez, a Venezuela fará uma eleição em Essequibo. A região faz parte da Guiana e é reivindicado pelo governo de Nicolás Maduro. O pleito ocorre um ano depois de o presidente venezuelano promulgar a “Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo”, que transforma a região em uma província da Venezuela.
A eleição está sendo boicotada pela oposição, que acusa o regime de Nicolás Maduro de interferência e de prender oposicionistas. Os eleitores escolhem governadores e parlamentares. A expectativa, entretanto, é de que Maduro se fortaleça no pleito.
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, classificou como uma “ameaça direta” a eleição organizada pela Venezuela na região de Essequibo.
Na última sexta-feira (23/5), o líder oposicionista Juan Pablo Guanipa foi preso pelo regime autoritário. Ele é acusado de liderar uma rede terrorista que estaria planejando sabotar eleições regionais.
Guanipa é um aliado próximo de María Corina Machado, líder opositora que apoiou o candidato Edmundo González nas últimas eleições presidenciais na Venezuela. González foi declarado vencedor pela oposição.
A eleição, ocorrida em julho do ano ado, na Venezuela foi contestada por autoridades e organizações internacionais. Maduro, no entanto, foi declarado eleito e continuou no poder.
Hugo Chávez, antecessor de Maduro, ficou no poder de 1999 até 2013, com exceção de abril de 2003, quando sofreu uma tentativa de golpe. Já Maduro segue como presidente desde a morte de Chávez, devido a complicações de um câncer.