Lukashenko, ditador de Belarus, elogia Putin e a invasão da Ucrânia
O homem conhecido como “o último ditador europeu”, em entrevista, disse que presidente russo “é um atleta e está em sua melhor forma”
atualizado
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Aliado do presidente russo Vladimir Putin, o ditador da Belarus, Aleksandr Lukashenko, elogiou o amigo e defendeu a guerra na Ucrânia.
Em entrevista o canal de televisão japonês TBS, exibida neste sábado (19/3) e repercutida por agências interacionais de notícias, Lukashenko, conhecido como “o último ditador europeu”, sinalizou, mais uma vez, apoio a Putin.
“Estou a par de todos os detalhes do governo e da vida de Putin, e ele é uma pessoa completamente sã e fisicamente saudável; ele é um atleta e está em sua melhor forma”, salientou.
O ditador criticou líderes do Ocidente que descrevem a decisão de invadir a Ucrânia como irracional. O premiê do Reino Unido, Boris Johnson, por exemplo, voltou a dizer que Putin cometeu um “erro catastrófico”.
“O Ocidente deveria tirar essa estupidez da cabeça”, disse o belarusso. “Como dizem aqui, Putin ainda vai marcar presença nos funerais de todos nós”, ironizou.
Alinhado em discurso com o russo, Lukachenko também lamentou o fim da União Soviética (1991), que Putin descreve como a maior catástrofe geopolítica do século ado.
“Enquanto a União Soviética existia, o mundo era multipolar, um polo equilibrava o outro”, disse Lukashenko. “Agora, a culpa do que está acontecendo no mundo é a monopolização do planeta pelos Estados Unidos”, finalizou.
O território da Belarus foi usado pela Rússia como um dos pontos de partida para o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Também serviu, sem sucesso, como ponto de encontro para negociações de cessar-fogo entre Kiev e Moscou.
Guerra
Nas últimas horas, as tropas russas intensificaram os ataques ao Sul ucraniano. Cidades estão sob forte bombardeio, e o governo da Ucrânia ite que perdeu o o ao Mar de Azov.
Neste sábado, a guerra completa 24 dias. A invasão e os bombardeios russos começaram em 24 de fevereiro. Russos e ucranianos tentam, sem sucesso, negociar um acordo de cessar-fogo.