Equador: Noboa e González levam eleição presidencial para o 2º turno
Esta é a segunda vez que Daniel Noboa e Luisa González aparecem como os principais nomes na disputa presidencial no Equador
atualizado
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As eleições para a presidência do Equador serão decididas no segundo turno, em uma disputa entre o atual presidente Daniel Noboa (ADN) e a advogada Luisa González (RC), do campo esquerdista.
Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), na noite desse domingo (9/2), com 91% das urnas apuradas, o político de 37 anos aparece com 44,34% do total de votos computados. González, ligada ao ex-presidente de esquerda Rafael Correa, surge com 43,8%. O segundo turno ocorrerá em abril.
Esta é a segunda vez que Noboa e González aparecem como os principais nomes na disputa presidencial no Equador. Em 2023, eles foram os candidatos mais bem votados nas eleições extraordinárias do país, realizadas após o ex-presidente Guilherme Lasso dissolver o Parlamento e convocar uma nova eleição.
O primeiro turno
Segundo dados do CNE, a participação no pleito foi de 83,4% do número total de eleitores do país.
Embora 16 candidatos presidenciais estejam na cédula de voração, Noboa (da Ação Democrática Nacional – ADN) e González (da Revolução Cidadã – RC) polarizaram a corrida pelo Palácio Carondelet em Quito, onde fica a sede da presidência do Equador.
Herdeiro de uma das maiores fortunas do país, Noboa já derrotou González, aliada do ex-presidente Rafael Correa nas eleições extraordinárias de 2023, realizadas para completar o mandato de 2021-2025 que Guillermo Lasso não terminou, e agora busca a reeleição para um segundo mandato.
Aos 37 anos de idade, Noboa é um dos líderes mais jovens do mundo. Ele apostou seu futuro político em uma abordagem de linha dura para combater o crime.
Enquanto isso, González é a esperança do movimento de Correa de retornar ao governo nacional após oito anos fora.
Nessas eleições, os equatorianos também elegem os membros da Assembleia Nacional (Parlamento), que ará de 137 para 151 membros, além de cinco representantes para o Parlamento Andino.
Conflito armado interno
As eleições estão sendo realizadas sob o “conflito armado interno” declarado por Noboa desde o início de 2024 contra o crime organizado, a causa da escalada da violência que levou o país andino a registrar a maior taxa de homicídios da América Latina em 2023, se transformando de um dos mais seguros do mundo em um dos mais perigosos.
Durante a campanha, os dois principais candidatos foram acompanhados por forças especiais e guarda-costas, na esperança de evitar uma repetição da eleição de 2023, quando Fernando Villavicencio, um dos principais candidatos, foi assassinado.
O presidente equatoriano ordenou medidas extremas de segurança em nível nacional durante os principais dias das eleições, razão pela qual fechou as fronteiras terrestres com Colômbia e Peru para a entrada de estrangeiros entre sábado e esta segunda-feira.
Noboa também ordenou a militarização dos portos usados pelas máfias do narcotráfico para enviar grandes quantidades de drogas para América do Norte e Europa.
Um contingente de 56 mil policiais e 48 mil militares foi mobilizado em todo o país para proteger as seções eleitorais, especialmente nas áreas da costa equatoriana onde são registrados os mais altos níveis de violência criminal.
Com informações do portal DW, parceiro do Metrópoles.