Chile tem protestos violentos após artista de rua ser morto pela polícia
Homem foi abordado, se recusou a fornecer identidade e foi alvejado; manifestantes atearam fogo em prédios públicos, incluindo a prefeitura
atualizado
Compartilhar notícia
Fortes protestos foram registrados em um popular resort no sul do Chile depois que um policial atirou e matou um artista de rua em Panguipulli, uma vila normalmente pacata.
Manifestantes atearam fogo em prédios públicos na noite de sexta-feira (5/2) incluindo a prefeitura. Eles também montaram barricadas com fogo e atiraram pedras na delegacia, de acordo com relatos oficiais e da imprensa local.
O crime chocou os moradores. O policial acusado da morte, que não teve o nome divulgado, atirou à queima-roupa contra Francisco Martínez, um malabarista que se apresentava nas ruas da vila, na sexta-feira, à tarde, na presença de muitas testemunhas.
O policial ou neste sábado (6/2) por uma audiência de custódia que foi transmitida pela internet. Ele ficará preso pelo menos até segunda-feira (8/2), quando o Ministério Público apresentará as acusações e começará a investigação do caso.
A morte de Martínez ocorreu quando ele foi abordado por dois policiais, que pediram seu documento de identidade. O jovem se recusou a mostrá-la e começou uma discussão. Um dos policiais sacou a arma e atirou no pé do rapaz. O artista de rua então investiu contra o policial que voltou a atirar nele, segundo imagens divulgadas nas redes sociais.
O prefeito de Panguipulli, Rodrigo Valdivia, disse à imprensa local que e nos protestos. A polícia apoiou o agente alegando que ele usava sua arma em “legítima defesa”.
Após os atos, governo do presidente Sebastian Piñera convocou uma reunião de emergência neste sábado, 6. O protesto foi o mais violento desde 2019, quando milhares foram às ruas para protestar por justiça social e contra a repressão da força policial (Carabineiros do Chile).
A polícia chilena deteve o policial envolvido no tiroteio enquanto ele era investigado, segundo autoridades, que disseram que os protestos retardaram o processo de coleta de provas.
O ministro do Interior, Rodrigo Delgado, que reuniu sua equipe para discutir os acontecimentos, condenou o incêndio criminoso e prometeu que a justiça seria feita no tiroteio. Ele ordenou uma investigação completa dos fatos e condenou os incêndios em prédios públicos. “Lamentamos profundamente que uma operação policial termine com a morte de uma pessoa”, disse.
Panguipulli é mais conhecida por suas fontes termais próximas, lagos alimentados por geleiras e vulcões.